A falta do que fazer (ou a falta de vontade de fazer as outras mil coisas ainda pendentes) levou-me a fuçar no orkut daquele velho par de olhos azuis/verdes (sim, são olhos indecisos). O fiz atrás de fotos apenas, é tudo o que eu preciso/desejo ver.Então fucei as fotos. Vi o homem que tornou-se. E lembrei do tempo em que convivíamos. Lembrei que foi a primeira pessoa por quem chorei horrores, de verdade. O primeiro do qual tentei me aproximar - o atual é outra história - e por quem briguei com alguém. Gostava pra cacete.
Fizemos boas coisas juntos. E nenhuma pipoca é igual àquela, fato. E nenhuma saída é igual às saídas para o Mark's Hamburguer na tão querida Avenida Bráz Leme.
Me passou pela cabeça como teria sido aquela traição. E ao pensar algo se passa, sim, por aqui. Penso agora como é estranho ver que existem desejos aos 14 anos de idade. Tão cedo, não? Mesmo aos 17 é estranho. Mas quem disse que o tempo importa?
Sim, seria hipocrisia minha dizer que não se passa nada em mim quando vejo fotos e começo a lembrar o quão ridícula eu conseguia ser naquele tempo, haha.
Pois é, acho que precisamos marcar uma daquelas saídas com o pessoal do truco. Dar risadas, lembrar as merdas. Gosh, às vezes acho que o tempo passa e eu paro pra ficar lembrando. Vou ser uma daquelas velhas saudosistas, pode apostar.
Enfim, algo ainda se passa desse lado. Mas claro que não impede que as outras coisas passem aqui. E já passaram algumas, estas que poderiam ter ficado, não fosse o meu complexo de não querer quando pode ser.
O agora? Está aí. Só estranho a falta da falta que deveria fazer. Normal. Nesses 5 meses essa falta já foi e voltou tantas vezes. Não deixa de ser importante só porque não morro mais.
Só por causa desse clima, vai a música:
Who's loving you
(Smokey Robinson)
When I had you
I treated you bad and wrong my dear
And since, since you been gone
Don't you know I sit around
With my head hanging down
And I wonder who's lovin' you
(...)