Enrolava
para ir para a cama quando me deparei com um programa na televisão: Pedro Bial
entrevistando Costanza Pascolato. Hum. Falavam sobre a vida dela e, em dado
momento, ele comentou algo sobre viver várias vidas em uma só. Só que isso
também significava morrer várias vezes, na concepção do entrevistador.
Não foi
muito explorada essa vertente moribunda da conversa, mas foi justamente a que
ficou ecoando por aqui. Ser várias pessoas em uma vida ou viver várias vidas em
uma, vá lá, fácil de imaginar. Mas quantas vezes morremos em uma vida? E por
quais motivos?
Amy
Winehouse cantou ter morrido cem vezes, provavelmente de tristeza pelo
relacionamento, considerando o contexto de Back to Black. Mas talvez hajam
outras razões para morrer que não a simples tristeza. Difícil pensar, mas talvez a
necessidade de mudança em algum aspecto nos faça morrer de alguma forma - ou,
pelo menos, matamos aquela pequena parte que necessitava ser mudada, com dor ou
não, rs.
Talvez
eu só tenha gostado da expressão pelo ar dramático, sabe como é - esse
ascendente em câncer, que eu jurava e preferia que fosse leão, embora não faça
a menor diferença na vida.