quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Who Do You Wanna Be Now?

É realmente interessante essa coisa de conhecer pessoas virtualmente. Interessante porque, no fim das contas, você pode agir como quiser. Pode soar estranho, mas é verdade. Não no sentido de enganar alguém, não é isso - pelo menos não no meu caso, rs -, mas de não ter a "obrigação" - entre aspas, porque também ninguém é obrigado a nada - de ser bonitinha, engraçadinha, fofinha. Claro que tudo depende da intenção.
Existe uma liberdade para a sujeira, logo de cara. De poder dizer "eu gosto disso, assim, e você?". Sordidez, rs. Na verdade, pessoalmente também existe essa possibilidade, mas convenhamos que a timidez é maior.
No fundo, é aquilo: Você é quem você é - ou pelo menos deveria ser assim. Se é unnapologetic bitch virtualmente, pessoalmente a coisa pode ficar ainda mais pesada.

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terça-feira, 4 de agosto de 2015

Waves.

Nem sei como começar. Feelings. Let's start from here.
Parece que às vezes vem uma onda (grande) de algum sentimento, e aí.. E aí que não se sabe exatamente o que fazer com ela. Acho que existem dois tipos de onda: A que você quer engolir e se afogar, até desaparecer, e a que você quer surfar, curtir, nadar ou qualquer coisa legal que você possa querer fazer com uma onda.
A primeira pode ser uma daquelas cheias do sentimento/sensação de que está tudo errado, ou de que você fez algo errado e agora precisa limpar a sujeira, ou, nesse caso, secar a onda. E aí, por onde começar? Primeiro, respire. Depois, pegue uma esponjinha, um potinho e um paninho, com muita paciência, e tente fazer o melhor possível (que blábláblá de auto-ajuda idiota, mas enfim) para dar um jeito nessa maré cheia. Isso se afogamento não for uma opção, claro, rs.
A segunda... Depende da situação. Existem ondas legais para nadar sozinho. Momentos de inspiração, por exemplo. Adoro aproveitar o isolamento para desenhar, escrever, ou qualquer coisa do gênero, e acho que instantes desse tipo são extremamente necessários. Mas existem ondas tão grandes e tão boas (não que a anterior não seja ótima) que seriam ainda melhores se não surfadas em solitude. São aquelas que te fazem ter vontade de chamar alguém para navegar junto. Pouco ou muito, pelo tempo que for. E aí me vem esta imagem de um potinho transparente, com um pouquinho da água dessa onda, e um bilhete arrumadinho na tampa, fazendo o convite: "Quer navegar comigo?".

E sim, o final é sobre o gostar.

segunda-feira, 27 de julho de 2015

O Universo em um Gesto.

Às vezes fogem as palavras, fogem os tons, fogem até os desenhos. O que nunca foge é o movimento. Em algumas situações, acho que deveria bastar um gesto - gesto mesmo, movimento, não atitude bondosa ou qualquer coisa neste sentido - totalmente não verbal - e não óbvio, como mostrar o dedo do meio, rs - para demonstrar o que queremos dizer. Mas não creio que isto seja para todo mundo. Não por nada - e aqui não quero soar arrogante -, mas expressão corporal é algo que se tem por natureza, uns mais, outros muito, muito menos, tornando essa "comunicação" mais difícil. Não sei se temos como dizer que alguém tem expressão corporal nula, porque, a partir do momento em que você se move minimamente, você se expressa. Mas, e os totalmente paralíticos? Movimento dos olhos entraria em movimento/expressão corporal? Hum, talvez não, acho que é algo separado. Enfim, tudo bem, estou divagando.
O que eu estava dizendo é que eu encontro essa "voz fugida" na dança, em suas mais variadas formas, para a expressão dos mais diversos sentimentos.
Já dancei para mostrar a raiva, já dancei para relaxar um pouco mais. Já dancei para não pensar, já dancei para pensar mais. Já dancei por sentir amor, já dancei para seduzir.
Por mais que as músicas dançadas muitas vezes tenham letras, elas sequer são necessárias - neste caso, digo. É apenas ritmo. Apenas movimento. Apenas sua alma derretendo. Ou sublimando. O sentido - para cima, para baixo, para a esquerda, para a direita, diagonal ou whatever - não importa, e nem é você quem escolhe. It goes with the flow. So, let it flow. E nem precisa de música para dançar.
A dança é a minha praia. É "minha mãe, minha filha, minha irmã, minha menina". Se não fosse, seria a música - a produção da mesma. Porque, o que é a música senão o (belo) movimento das ondas sonoras pelo espaço?
Está aí. A chave do meu universo é o movimento. Puro e simples.
Encontrei minha forma de comunicação codificada. Movimento. Não vou mais usar palavras, apenas me moverei. Olha que maravilha!
Encontrei a resposta para a minha existência.
Agora, talvez, possa dormir.
Boa noite.

sexta-feira, 24 de julho de 2015

The Importance of Slowing Down

In a world where everything gets faster and faster - and I wonder where all this speed is going to lead us -, we almost don't have time to feel anything. Almost.
Actually, it occurs to me that the real fact is that we don't want to have time to think and feel most of our feelings, because we're afraid of their effects on us.
And this "avoiding" fits both bad and good feelings. For example: Falling in love. People are afraid of it, these days, because, despite the fact that it's an amazing feeling, it's a hard thing to deal with, it can hurt you. A lot. So, we rather talk to people on the internet, choose one to hang out one day and bye bye, next, next, and next.
If we think about a bad feeling, it's even easier to desire a distraction. Take pictures, watch movies on the internet, whatever it takes to change the focus.
So, we look for something to do all the time, and we're always in a hurry, and demanding things very fast.
When we slow things down, we feel everything. The emotions have space and time to appear, to overrun our hearts and minds. It's important to have these moments, to really feel what is inside of us.
Even if we think about it literally: Try to walk slowly (really slowly), inside your house, with your eyes closed (or not, but try not to get distracted) and no shoes. Feel your toes touching the floor and the lack of control of your own body. It's almost like to be released.

I'm slowing down now.

P.S.: What a shitty text. But I don't care, I'm still guilt-free, rs.

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Sobre sorte e processos.

Pensei em mil coisas. Uma delas, e que sempre considerei uma verdade, um fato: Eu tenho muita sorte. Sorte de encontrar pessoas (e oportunidades também) certas, nos momentos certos. E o melhor, sem nem esperar por isso. Naturalidade é a melhor coisa que existe, e sempre será. E não digo por nada específico, é por ter momentos de alegria, de felicidade, tão gratuitos, que chegam a ser questionáveis. Ou não, sei lá.
Outra coisa que passou na minha cabeça por esses dias: Abramović diz que um artista não deve forçar sua produção, que as coisas devem vir de uma inspiração, de um sonho. Concordo. Mas acho que também deve-se facilitar o processo. No caso dos desenhos, por exemplo... Já tive fase de me culpar por fazer retratos, pelo fato de eles não serem desenhos totalmente autorais. Hoje, já não vejo assim. Acho que é um processo de apropriação, de treino, de se abrir para ter ideias. Sei lá... Guilt-free (or guilty-free mesmo, rs. Se é para ser assim, que seja do jeito que saiu a escrita naquele momento, não? Rs. Acho válido).
E é isso. Meio torto, meio incompleto, mas tá tudo certo. =)

terça-feira, 12 de maio de 2015

Sobre apagar.

Acho que sempre tive medo de apagar algumas coisas. A começar, tinha medo de apagar alguns desenhos. Não os desenhos inteiros, mas um pedacinho deles enquanto estava desenhando.. Uma parte de um olho, um pedaço de uma boca.. Esse medo era de não conseguir desenhar de um jeito melhor, de simplesmente estragar o que tinha feito e ficar estagnada ali. E aí, isso se estende para tudo. Desenhos, situações, estórias. No fim, é tudo uma grande bobagem, essa mania de (tentar) guardar tudo do jeito que é, ou do jeito que foi. O que importa, no fim, é cada momento. O agora foi ótimo? Então perfeito, sinta a sensação de.. Completude (?). Foi péssimo? Então sinta o horror até acabar. Cada pedaço importa, da sua forma peculiar. E que seja peculiar, porque se for qualquer nota, já não vale muita coisa. Por isso, "here and now" nunca fez mais sentido do que, exatamente, agora. "If not now, when?", pergunta o título de um álbum daquela banda linda e querida. E é isso.
Talvez eu esteja me tornando mais ariana do que imaginava. Rs. Thanks, Universe.

segunda-feira, 11 de maio de 2015

Guilty-free

Aí eu penso. Penso sobre as coisas que eu penso, e vejo que existem duas linhas de raciocínio totalmente discrepantes (ah vá, talvez seja só mais um melodrama, o uso dessa palavra bonita. "Discrepante", não "melodrama", rs). Um é infantil demais (oi, terapia) e o outro é sórdido (outra palavra de que gosto, rs. Cadê o foco desse texto, Brasil?). Sórdido demais. Daí que não sei se isso é comum. Daí que não sei se existe um meio termo (creio que sim, tô tentando achar). Daí que penso penso penso e aí concluo que perdi muitos dos meus vinte e fucking três anos pensando muito e fazendo pouco. Tentando decidir (e precisa?) se sou, sei lá, romantiquinha melosa ou discípula de Sade (amor <3. Haha, que contradição escrever isso). E sei lá.. Acho que tá tudo torto. E torto, a principio, poderia ser uma coisa ruim, poderia causar confusão. Mas então me lembro do manifesto do Grupo EmpreZa (grupo de performers que participou da exposição da Marina FuckingAmazing Abramovic), que dizia, em algum momento, que a confusão é saudável, e aí tudo bem, me permito.
Permirtir-se. Aí está o equilíbrio. Guilty-free (tipo gluten-free rs).
Era isso. Isso e dizer que eu queria saber falar francês. Porque, além de tudo, até quebrar o pau em francês é bonito (obrigada, Azul é a Cor Mais Quente). Queria saber. Saberei, logo menos. E eu demorei uma hora e meia pra escrever isso aqui. Ok. Guilty-free.