quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

(...) Vontade! - assim se chama o libertador e o mensageiro da alegria: - eis o que vos ensino, meus amigos; mas aprendei também isto: a própria vontade é ainda escrava.
O querer liberta; mas como se chama o que aprisiona o libertador?
"Assim foi": eis como se chama o ranger de dentes e a mais solitária aflição da vontade. Impotente contra o fato, a vontade é para todo o passado  um malévolo espectador.
A vontade não  pode querer para trás: não pode aniquilar o tempo e o desejo do tempo é a sua mais solitária aflição.
O querer liberta: que há de imaginar o próprio querer para se livrar da sua aflição e zombar do seu cárcere?
Ai! Todo o preso enlouquece! Também loucamente se liberta a vontade cativa.
A sua raiva concentrada é o tempo não retroceder; "o que foi"; assim se chama a pedra que a vontade não pode remover.
E por isso, por despeito e raiva, remove pedras e vinga-se do que não sente como ela raiva e despeito.
Assim a vontade, a libertadora, tornou-se maléfica; e vinga-se em tudo que é capaz de sofrer, de não poder voltar para trás.

Nietzsche knows stuff.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

"Why do I keep hitting myself with a hammer? Because it feels so good when I stop."

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

99%

Once a student of mine has written that he believes that every person is a miracle - or has a miracle inside himself/herself. I have another idea.
I believe that every person has a heaven and a hell inside. And maybe - just maybe - the secret of life is to discover how to measure them, how to deal with the percentage of heaven and hell you allow yourself to use with yourself and with other people, in all kind of situations. And I say "allow" because sometimes - maybe most of the times - it's a matter of choice. You can choose more of one or more of another.
So, while I don't discover my purpose in this universe, my aim is to find out the measurement of my own hell and heaven, if that's possible. Amen.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

I died a hundred times.

Enrolava para ir para a cama quando me deparei com um programa na televisão: Pedro Bial entrevistando Costanza Pascolato. Hum. Falavam sobre a vida dela e, em dado momento, ele comentou algo sobre viver várias vidas em uma só. Só que isso também significava morrer várias vezes, na concepção do entrevistador.
Não foi muito explorada essa vertente moribunda da conversa, mas foi justamente a que ficou ecoando por aqui. Ser várias pessoas em uma vida ou viver várias vidas em uma, vá lá, fácil de imaginar. Mas quantas vezes morremos em uma vida? E por quais motivos?

Amy Winehouse cantou ter morrido cem vezes, provavelmente de tristeza pelo relacionamento, considerando o contexto de Back to Black. Mas talvez hajam outras razões para morrer que não a simples tristeza. Difícil pensar, mas talvez a necessidade de mudança em algum aspecto nos faça morrer de alguma forma - ou, pelo menos, matamos aquela pequena parte que necessitava ser mudada, com dor ou não, rs.


Talvez eu só tenha gostado da expressão pelo ar dramático, sabe como é - esse ascendente em câncer, que eu jurava e preferia que fosse leão, embora não faça a menor diferença na vida.

sábado, 17 de dezembro de 2016

Àqueles que sabem viver como que se extinguindo.

Em princípio, uma sensação gélida na boca do estômago.
Ulterior, minguou, como uma lua.
Por fim, foi-se extinguindo, como queria Zaratustra, até tornar-se imperceptível a olho nu. Até tornar-se nada.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Sub.

Seriam os sonhos uma forma de o subconsciente trabalhar e tentar resolver questões - conscientes ou não - ou seriam apenas a expressão de desejos - conscientes ou não, também - ? Talvez ambos. O fato é que alguns podem ser perturbadores.

Mudando de assunto, havia no banheiro de um bar um quadro com os dizeres "todo mundo erra sempre". Fiquei pensando se era isso mesmo, se todo mundo - eu inclusa, claro - erra sempre. "Talvez sim", pensei, "e que merda". Mas depois disseram-me que o quadro deveria ser sobre a mira do xixi no vazo sanitário - olha o papel do contexto aí, rs -, e então fiquei mais aliviada em pensar nessa interpretação simplista.

Simples é melhor, embora às vezes seja difícil de alcançar.

And where is that cigarette now?

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

It may be another stupid theory (or not).

Spontaneity is something that demands a level of self-freedom that may be difficult to deal with - even to the person who is like that, spontaneous. Or not.
To reach that level, a high dose of self-knowledge - therefore a high dose of knowledge about the person's own feelings - is necessary. Or not.
In other words, spontaneity takes a lot of self-security - about what you are, want and feel. Or not.

Bleh, what a crap. Or not.