E não é um monstro bonitinho como aqueles de filmes infantis, que querem apenas assustar as criancinhas. É um monstro que causa asco, perturbação e espanto de um modo doentio.
Ele aparece nos momentos em que você percebe que por muito tempo não se importou com uma boa parte da sua família, e também naqueles em que você pensa "por que essa criatura está vindo falar comigo agora, se nunca falava? É porque agora estou perto? É porque agora está doente?" ao invés de simplesmente aceitar, de bom grado, uma aproximação.
É um monstro que te faz se achar superior, que faz você nem olhar para o trabalho dos seus colegas, porque na sua cabeça o seu trabalho é o mais fantástico, e ponto. É ele que também te faz ignorar e ironizar pessoas, só porque cansou das brincadeiras idiotas que elas fazem, ou porque simplesmente não vai com a cara delas.
É um bicho, um roedor, que faz com que você se sinta a pior pessoa do universo quando percebe as merdas que faz, e que nunca tinha reparado ou, se sim, havia deixado passar, pensando mais uma vez que era bobagem se importar.
E o difícil é expulsar esse monstro, porque na primeira notícia boa, na primeira conquista que você fizer, ele irá se camuflar novamente, pois o incômodo da sua presença passará - temporariamente, mas passará.
O negócio é, então, tentar nunca esquecer a sensação de dividir a sua alma com "outra" criatura, e assim tentar diariamente fechar as portas para esta.
Yes, that's all about me myself.
Pequenino ser,
ResponderExcluirInfelizmente todos carregamos esse monstro dentro de nós pois somos o bem e mal, o amor e o ódio, a generosidade e o egoísmo, a benevolência e a perversidade. Somos humanos e o dilema é exatamente esse, conseguir vencer a nós mesmos todos os dias. Não é nada fácil e o monstro que carregamos vence por muitas vezes...
Mas acredito que identificá-lo já é uma bom passo para conseguir controlá-lo um pouquinho pelo menos... Um beijo.
Eu ia comentar mas, né, dona Sueli já falou tudo aí em cima. Todo mundo tem um monstro guardadinho lá dentro, que às vezes bagunça a nossa vida. Mas, um dia, a gente aprende a controlar (ou tentar). E tudo fica um pouco melhor.
ResponderExcluirBeigos, hermana!
Ação e Reação, Monstro e Anjo... O bom de ter quem goste e se importe com você é que por mais que o monstro exista e às vezes faça questão de dar as caras, a gente conhece bem o Anjo que existe do outro lado, e tenta relevar o Monstro. Afinal, nem sempre temos controle sobre nós mesmos. Aliás, quase nunca.
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