domingo, 3 de junho de 2012

Canalha Não Senhor. Cara Claro.

Realmente, eu não entendo o motivo de algumas mulheres não gostarem do tipo de homem que chega já dizendo/demonstrando o que quer: sexo. Eles estão sendo sinceros, claros e não estão fazendo promessas ou propostas futuras que são puramente mentiras. Não são eles que merecem os xingamentos, raivas e revoltas.

Aqueles que chegam, bonitinhos, com 500 coisas em comum entre literatura, música e cinema, os que dizem que seu beijo é bom, os que mandam vídeos de bandas pra você, estes sim, são os que vão mudar de ideia sobre tudo na primeira oportunidade e não vão se importar se você mudou também ou ficou chateadinha. E, vejam só, a mudança ocorre de qualquer forma, indo pra cama ou não.

Escroto é aquele que diz que não gosta de joguinho e, na maior cara de pau, joga. Jogo não é coisa de mulherzinha não, é coisa de gente filha da puta, dos dois lados.

Sendo assim, falemos todos as verdades, and everybody is gonna be happy.


sexta-feira, 13 de abril de 2012

Melancolia


"Melancolia" é um daqueles filmes para serem vistos mais de uma vez. E também é um daqueles tapões na cara que podem servir de prova para muitas das minhas opiniões e teorias internas.
A ideia de que todos nós, em algum momento, seremos atingidos - com força - pela melancolia é incrivelmente transmitida de uma maneira surreal. Como é dito no filme: não tem como se esconder, não tem pra onde fugir.
E fica claro que simplesmente não importa a quantidade de coisas supostamente boas e desejáveis existam na sua vida - não estou falando aqui sob uma perspectiva puramente material -, pois nem assim você estará salvo. Não existe vacina.
Além de tudo, fica o questionamento da obrigação que nos impomos e que os demais nos impõem de sermos felizes. O fato é que não é assim que as coisas funcionam, não rola felicidade na marra, só porque devemos tê-la. Ser/estar triste não é - ou não deveria ser - condenável.
Let's be happy being sad.



segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Blue, Red, White and Wine.

The sickness of the cold sweat in his pale skin. He didn't knew why but, for some reason, the sensation wasn't totally bad.
"Actually", he thought, "it's almost pleasent".
His head was leaning in the bathroom marble sink and his hands were each one at each side of his body, hanging, pathetically weak.
He raised his head and stared at himself in the mirror. Pale blue eyes, ginger hair, all glowing. Then came the revelation:
"I'm a masochist".
Two blinks from the pale guy in front of him.
Now it was all as clear as the water dripping from the tap. That was why he was drinking seven times a week and playing his violin until the pain in his fingers was excruciating. And, of course, for the same reason he waited for the cold sweat every morning.
All those shitty things were making him feel alive. The only things capable of doing that since..
"when?", he thought.
He couldn't remember. Probably started around the same time that his friends walked away from him. He had the funny feeling that they all went away for the same reason.
"I must have done something unforgivable."
Again, he didn't know what.
"I should see a psicologist, a shrink, an analyst, shit, I don't know, something like that."
He lay down on the cold and white floor, feeling much better.
"Tomorrow I'll think better about this idea and search for some help on the phone list."
His fingers touched the wine bottle's glass beside him.
"Tomorrow, maybe."