segunda-feira, 24 de maio de 2010

Ela ou ele.

Ela transpirava. Seus olhos azuis estavam vidrados.
- Você vai me deixar? - disse ela, seus cabelos castanhos colando no rosto.
- Sim, você não precisa de mim enquanto tiver ela - respondeu ele, a expressão lívida.
Ela tremia, dobrava-se em direção ao chão. Ele jogava as roupas com violência na mala.
- Eu tentei fazer isso dar certo! - ele gritou.
Ela balançou positivamente a cabeça, um movimento quase imperceptível.
- Você vai desistir? Não vai se esforçar mais? Vai se entregar? - questionou ele, furioso.
- Parece que sim. Sem você aqui, vou me entregar a ela de vez. - respondeu, a voz falhando.
- Pois bem, que seja. Não serei mais o seu apoio. Já fiz o suficiente por dois anos inteiros. - disse ele, fechando a mala e saindo do quarto.
Ela balançava o corpo, em um movimento repetitivo. A porta bateu ao longe, ele realmente a havia deixado.
Ela levantou-se, pegou a seringa preparada - que fora jogada por ele no canto do quarto - e foi para o banheiro. Olhou-se no espelho, viu seus olhos doentios. Pela última vez injetou-se com uma grande dose de heroína. Morreu de overdose, no chão branco.






P.S.: eu sei, bem doentio, mas deu na telha escrever isso, =D.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Eu queria..

Eu queria ser uma pessoa mais legal, mais simpática.
Queria não me importar com os meus fracassos platônicos e a falta de alguma coisa real, mas eu me importo.
Queria me preocupar mais com o que vou fazer da minha vida depois da faculdade, e eu me preocupo, mas não me dedico o suficiente.

Eu queria que uma vez na vida essa porcaria que se chama relacionamento humano desse certo. Uma mísera vez.

Eu queria ser uma pessoa mais inteligente, mais informada, e eu sei que posso, mas eu sou preguiçosa demais pra me esforçar, porque é mais fácil reclamar.

I'm just a little sad.

Coincidências.2

Gente, eu juro que não sabia o nome do menino que acho bonitinho quando escrevi "Na Coxia" aqui, no dia 21 de abril. Hoje me dizem que o nome dele é Tomás, quase o Thomáz do conto.
Lógico que todo mundo já sabe que eu olho. Eu e minha boca grande.

Preciso aprender a me calar.


E que eu tenha sorte no segundo semestre de cair na mesma turma de Ciclo Básico (é um esquema de aulas obrigatórias para todos os cursos, onde pessoas de cursos diferentes se misturam na mesma turma) dele. Tendo isso de sorte, o resto é por minha conta.




P.S.: céus, isso aqui tá virando um diário de adolescente, e supostamente eu já tinha passado dessa fase.

P.S.2: podem ficar felizes, he's NOT a teacher! =D

domingo, 9 de maio de 2010

Coincidências.

Hoje experimentei uma pontadinha de autêntica depressão, enquanto assistia o fim da primeira temporada da série House M.D.

O que uma coisa tem a ver com a outra (depressão e House)? É só que a Cameron me fez lembrar de mim e o House me fez lembrar de, bem, do Mr. Platônico 2009. Até mesmo a situação é um tanto parecida: ele com o dobro da idade dela, ele sendo o "chefe" dela (enfim, em uma posição superior), ele fechado e por vezes arrogante, ela dizendo pra ele o que sentia, ela tentando fazer alguma coisa com relação a isso e ela se ferrando no final porque existia outra na parada. Até com o House eu me identifiquei: ele estava havia 5 anos sem superar a outra, eu estou fazendo 5 meses, obrigada.

Tá, provavelmente é uma situação mais comum do que penso, mas a coincidência com esses pontos da série me fizeram sentir mal. Mas ainda amo House, anyway, e estou na segunda temporada, oh yeah.


E um dia ainda vai passar de vez, I hope so.





P.S.: estou desenhando o Hugh Laurie, vulgo House, =D.