sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Love, Lust, Feelings and Emotions

They say we can love who we trust
But what is love without lust?
Two hearts with accurate devotions
What are feelings without emotions?

La Roux - In For The Kill

Não sei se é interpretação minha, mas parece que Elly tem uma idéia de que o amor não é - e talvez não deva/possa/consiga ser - um mar de tranquilidade - para o bem e para o mal, rs. Ou talvez seja eu jogando para a música a minha impressão.
O que importa é que as idéias encaixam.
Não imagino mesmo o amor sem luxúria, mas talvez eu seja suspeita para falar, rs.
Não imagino também sentimentos sem emoção, creio que um está dentro do outro, do contrário os primeiros não parecem ter razão de ser e existir.

Mas também, na primeira frase desse trecho, ela parece estar falando daquilo que poderíamos chamar de "amor seguro". Seriam relações sem grandes emoções, sem grandes paixões, nas quais se corre "menos risco" de sofrimento. É como namorar com o(a) seu(sua) melhor amigo(a) simplesmente pelo fato de que ele(a) te faz bem e cuida de você, embora você não sinta lá grandes coisas. Conheço pelo menos um caso assim. Boring, na minha opinião. De que vale um amor morno? Só para deixar morna a cama. Então não, obrigada.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Energia Coletiva

Lembro que já me disseram que todos deveriam passar por duas experiências na vida: Presenciar um jogo de futebol em estádio lotado e participar de um carnaval. Pela primeira, nunca passei, mas a segunda aconteceu pouco tempo atrás e, surpreendentemente, foi incrível.
Esclareço-me. Sempre tive preconceitos musicais e, mais ainda, preconceitos contra qualquer evento que envolvesse multidões. Aos poucos - e o movimento é crescente -, essas idéias negativas sobre as mais variadas situações vêm positivamente se diluindo, e percebo que ganho muito mais com isso.
O ponto em que quero chegar vai além da simples diversão nesse tipo de situação. O que realmente me interessou foi ver o quão contagiante e bonita é a energia que se sente e se propaga nesses lugares - confusões e estresses à parte, claro.
Eu, do alto dos meus "não me toques" que conservei por 23 anos, fui a que mais dançou e cantou na primeira música, atrás de um trio levado por Ivete Sangalo. Não tinha como não me envolver, era, literalmente, impossível.
Havia me esquecido desse pensamento sobre energia coletiva até ontem, quando acompanhei uma manifestação e percebi uma certa inquietação dentro do peito, causada pela observação daquele mar de gente que caminhava.
Pensando em tudo isso, lembro também de uma cena do livro 1984, de George Orwel, em que um grupo de pessoas era obrigado e incentivado a gritar, xingar e quebrar tudo em um momento chamado de "dois minutos de ódio". Nesse caso, o ódio era ligado à política e comportamentos relacionados, e mesmo quem iniciava esse momento sem tanta vontade assim, acabava entrando na onda, esquecendo-se momentaneamente de seus princípios. O que é isso? Energia.
A energia de um grupo é extremamente poderosa, para o bem e para o mal. Não que ela seja responsável por tudo, não que as pessoas esqueçam-se de quem são e o que querem, mas há, em maior ou menor grau, uma certa influência. Eu não acreditava, mas creio já estar mudando de idéia. Menos um preconceito. Pré-conceito. Enfim.

#guiltfree #prejudicefree

Rs.

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Adapte-se ao amor.

           Acredito que sou uma pessoa extremamente adaptável. Sou a favor de ser uma "metamorfose ambulante", de mudar de opiniões - não gratuitamente, veja bem, sempre com algum fundamento, alguma razão realmente válida, concreta -, de ter outros pontos de vista.
Nos últimos tempos e, principalmente, nos últimos meses, entendi que a maioria das opiniões não deve ser chumbada, congelada, imutável.
            O curioso é que, ao mesmo tempo em que penso chegar no grau máximo da adaptabilidade, pego-me sendo radical neste ponto: Todos devem ser adaptáveis. Pareço agora não aceitar que, em algumas - muitas ou não - situações, talvez eu seja a única com grande facilidade de me adaptar e ceder e, então, peco sem querer ao involuntariamente desejar que os demais tenham a mesma flexibilidade.
            Peco por viver o "here and now", por crer que a minha opinião, nesse momento, é X e depois talvez, dada a mudança do cenário ou do ângulo de visão, seja Y. Antes que pareça uma falta de postura firme, esclarecerei: A falta de adaptabilidade que me incomoda nas pessoas, de um modo geral, é no tocante à convivência em comunidade/sociedade.
            Por exemplo, se você não mora sozinho, e sim divide a casa com uma ou mais pessoas, existem certas regras de convivência às quais deverá se adaptar, por mais que as mesmas não sejam verbalizadas. A mudança de situações - de morar só a morar em grupo, por exemplo - exige que haja mudança de postura, por mais difícil que seja para o sujeito - e, às vezes, a dificuldade chega a ser enorme.
            Se existem grandes obstáculos nas adaptações dentro de uma casa, imaginemos então em uma sociedade. Foquemos então na sociedade que, nos últimos anos - décadas, talvez -, tem sido colocada em contato cada vez maior com a realidade gay.
            O problema é que algumas pessoas simplesmente não conseguem aceitar e se adequar a essa "nova" - que de nova mesmo não tem nada - realidade e preferem continuar a reprodução de reações homofóbicas e constrangedoras quando presenciam alguma demonstração pública de afeto. Aí então, imagina-se que cabe a todos os LGBT optar por não agir naturalmente, policiando seus gestos consigo mesmos ou com seus parceiros(as), a fim de se protegerem de qualquer tipo de confusão.
            Nesse momento, surge o meu incômodo: Se um beijo entre dois homens, ou um carinho respeitoso entre duas mulheres em público tiver sempre de ser vetado para evitar ocasionais comentários, esses gestos nunca atingirão o status de naturais.  
            Se o amor é um sentimento natural, a expressão dele, em todas as formas e em todos os ambientes - adequados - também tem de ser. Então, esse é o meu apelo a todos: LET IT BE.
  

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Choices.

O fato é que a gente muda. Às vezes nem percebe como foi acontecendo, ou o quanto foi mudando, mas muda. Aí nos deparamos com situações parecidas com outras que já vivemos, e nos percebemos tomando, conscientemente ou não, atitudes diferentes.
Cenários que causariam reações pacíficas, podem não causar mais. Palavras que causariam revoltas homéricas, podem agora ter um efeito ligeiramente incômodo. Como? Talvez seja uma questão de escolha. Claro, não escolhemos o que sentimos, mas decidimos o que fazer a partir do momento em que o sentimento é identificado.
Cada um escolhe suas brigas, suas crises de raiva e, acredito, suas alegrias também.
Simples na teoria, e pode ser simples também na prática.
It's up to us.

terça-feira, 29 de setembro de 2015

Outras Frequências

Em uma das muitas conversas divertidas e interessantes que têm surgido nos últimos tempos, um tema realmente me chamou a atenção e, sendo assim, peço licença para roubá-lo e interpretá-lo a partir da minha experiência particular consciente subjetiva.

Amores que não foram feitos para acontecer.

Triste talvez, mas, de alguma forma, bonito. E aí a gente pensa nos motivos que podem levar a isso. Cada caso tem a sua razão para tal. Em um primeiro momento, pensei em, por exemplo, distância entre as pessoas envolvidas. Tanto física/geográfica quanto emocional. Na primeira, acredito que sempre se pode dar um jeito. Na segunda, talvez não. Distância emocional. Nem sei se eu sei definir a ideia que tenho disso. Talvez uma frieza, um não envolver-se por qualquer justificativa que seja, voluntária - querer uma vida ou momento sem "amarras" - ou não - e aí pode entrar o medo de se machucar, coisa que eu não compreendo totalmente, embora também tenha um pouco.
Mas, claro, exitem muito mais coisas além disso.
Exitem os amores feitos para acontecer por um tempo. Duram o tempo que precisam durar. Ou o tempo que permitimos que durem. Relacionamento é um negócio esquisito. Bom, claro - caso contrário, não tem propósito para existir -, mas ainda assim, esquisito. Não entendo nada, só deixo rolar, senão... Senão fica pesado. E de pesado já basta o corpo que a gente carrega por aí.
Agora, talvez - aí eu queria escrever "perhaps", só porque o som da palavra é legal e eu não queria repetir o "talvez", e olha lá eu perdendo o foco, para não perder o costume - realmente existam alguns não feitos para acontecer, apesar de parecer o contrário. Acredito que existam situações em que, embora os envolvidos sejam um "perfect match", um "perfect ten", algo barra. No "algo", insira o que quiser. O tempo barra, quem sabe. O que de fato parece é que eles não foram feitos para acontecer porque as pessoas envolvidas estão sintonizadas em frequências diferentes, pelo menos naquele determinado momento, e aí não há muito o que fazer. Cada um que pegue sua prancha e surfe no seu comprimento de onda.
Mas quando a frequência é igual... Ah, não há coisa mais divertida. E que o passeio seja bom, seja leve. Pelo tempo que for. E que seja extraordinário. Que seja "nada comum".

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Addicted.

Descobri uma coisa sobre mim que até então não havia percebido e que, na verdade, é bem óbvia: Tenho necessidade de fortes emoções (risos). Boas ou ruins, precisam ser fortes.
Preciso de um frio na barriga, um aperto no peito, um ritmo cardíaco mais acelerado, um arrepio. Senão tudo perde o sentido e o tédio invade.
Vivo os sentimentos intensamente. Se é novela mexicana, sinto o drama até o fim e choro até não haver mais o menor motivo. Se é o paraíso, dou risada até doerem as bochechas e a barriga, sem fim.
Só que isso se torna um vício e, como acontece na lógica dos viciados, a necessidade da droga aumenta, e assim, a dosagem também.
E aí eu lembro da Sharon Stone em "Instinto Selvagem", ou do Kevin Costner em "Instinto Secreto" (quantos "instintos" nessas traduções), escolhendo e fazendo vítimas pela pura necessidade de sentir algo muito forte, de se provar e testar. Claro que eu não chego nesse nível (haha), mas a lógica é mais ou menos essa e, se pararmos para pensar, de uma forma figurativa, sempre existe alguma vítima nessa teia de sentimentos. Talvez "vítima" não seja a melhor palavra, tampouco "presa" ou "alvo"... Não sei bem, mas sempre há alguém no spotlight, nem que seja você mesmo com suas sempre imensas questões pessoais.
O ponto é: Não ter medo.
Live the feelings until the edge, with no fear.

#guiltfree #fearfree #tudofree

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Sobre o Universo, Energias e Sorte.

Saí de casa hoje, às 15h, pensando sobre o universo e suas energias. Pensando em como a gente atrai o que quer - ou o que não quer, se estamos com energia ruim. Energia gera energia semelhante. Você joga pro universo, e ele te devolve o que você chama para si. E estava me sentindo muito grata pelos últimos dias, pelo estado de leveza em que me encontro, e que acredito existir justamente por ser isso o que eu estava querendo para mim.

Eis que sou assaltada, à mão armada - um punhal -, dez minutos depois. Dois homens em uma bicicleta. Eu tinha tudo na mochila: Um laptop emprestado, 300,00 reais em espécie - tinha recebido ontem e esqueci de tirar da bolsa -, meu sketchbook, uma pasta cheia de materiais para as aulas, o livro "Uma Breve História do Tempo", maquiagem, perfume, estojo com lápis importados, documentos e, claro, meu celular, com um chip de Natal que comprara havia dois dias. Entreguei tudo, não tinha o que discutir. Corri de volta para casa, aos prantos. Saí com a minha mãe rodando o bairro de carro, tentando achar os maloqueiros. Nada. Juro que pensei, com força: Minhas coisas vão voltar!

Fomos à delegacia. Termino o boletim de ocorrência e chegam policiais com dois moleques. O escrivão pede para eu ir verificar se eram os que tinham me assaltado. Não eram. Minha mãe comenta com os policiais que eu acabara de ser abordada por outra dupla, em uma bicicleta. Dois policiais se olham e dizem: Nós vamos procurar! Cada um em uma moto, eles foram. E meia hora depois, estavam com os dois escrotos e a minha mochila, com tudo, menos os meus documentos, o sketchbook, o livro e a pasta, que eles jogaram fora, pois não tinha serventia - risos. Até o dinheiro estava lá. Incompleto, mas estava.

Me disseram que o meu caso foi um em um milhão. Se foi sorte? Milagre? Anjo da guarda? Não sei... Estou dando crédito ao universo, que me ouviu, e colocou no caminho os policiais, que foram os mais sensacionais - e ainda divertidos - do mundo, e apareceram no lugar certo, na hora exata.
Hoje não tenho duas coisas a dizer, apenas uma: Obrigada.

terça-feira, 25 de agosto de 2015

Social Networks

Duas coisas: Até onde vai a exposição digital e até que ponto damos importância a qualquer tipo de manifestação (em todos as dimensões da palavra) virtual.

Se fosse começar a falar da quantidade de bobagens que postamos, desde as 50 fotos na academia até imagens de comida - e nessa eu mesma entro, de vez em quando -, ficaria aqui o dia todo. O que quero abordar é outro ponto: A exposição de sentimentos. Começa por aquele botãozinho que deixa você escolher o sentimento que está sentindo - feliz, com saudade, triste, aflito, whatever - para mostrar para todo o mundo, e termina por nós mesmos(as) botando a boca no trombone para falar dos nossos problemas, aflições e revoltas.
Acho que tudo isso gera uma energia. A partir do momento em que você expõe algo para outras pessoas verem, essa exposição desencadeia uma reação. Se é um sentimento bom, parabéns, seus amigos podem ficar felizes junto com você. Mas, ao mesmo tempo, aqueles não tão amigos assim podem não achar tão legal a sua demonstração de alegria, e aí vêm os olhos gordos, invejas, call it what you want..
Por outro lado, se forem sentimentos ruins, existem três afluentes: Seus amigos podem tentar te ajudar; os não tão amigos podem ficar satisfeitos por você não estar tão bem assim - seja lá por qual motivo for -, e você mesmo pode continuar a remoer uma coisa que não é legal, e aí aumenta o peso dessa bola negativa.
A partir daí, penso que a melhor saída é filtrar. Filtrar o que dizer. Acaba sendo um exercício saudável e, muitas vezes, depois que o sentimento passa, a sensação é de "ainda bem que não me desgastei". É aquilo: Dizer as coisas para quem realmente se importa, para quem realmente conta. É sempre melhor e evita muitas - não todas, mas muitas - conversas e conclusões paralelas.

Sobre a importância que damos às coisas no mundo virtual, o que tenho a dizer é que costumamos dar um peso muito grande para pequenas bobagens. Se postamos alguma besteira que possa render qualquer tipo de comentário mais acalorado, a coisa toda pode evoluir para uma discussão que não acaba mais - fale sobre a atual crise política/econômica do país, ou sobre feminismo/machismo, e o "fight" começa. O problema não é discutir sobre os temas polêmicos da atualidade, veja bem, mas sim o tamanho que isso toma em uma rede social. Amizades desfeitas, casamentos em crise, desgastes gerados por discussões que deveriam ser saudáveis e puramente racionais.
Isso sem falar nas "curtidas". É quase uma competição: Quem tiver mais, ganha. É o termômetro da atenção - e da necessidade dela. Se ninguém curte, rola até uma chateaçãozinha e um questionamento interno: "Puxa, mas foi tão legal o que eu falei, por que ninguém curtiu?" ou "será que a foto está feia e só eu acho que está bonita?". Enfim, deu até uma preguiça.
Em terra de curtida, quem tem dedão é rei (rs, que bobaagem).
Eu ainda prefiro comentar e curtir ao vivo. Com uma cerveja na mão, de preferência.

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Tem Dias

Te di qu a gen pá tu no me por nã t rolan contin.









Draco dormiens nunquam titillandus.

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

I Have a Dream

Estava aqui eu pensando na vida - uma daquelas coisas que a gente faz quando está com muito tempo livre, rs. Lembrei daquilo que chamam de "bucket list", a lista das coisas que você quer fazer antes de morrer, e pensei no que eu colocaria na minha. Acho que colocaria muitas coisas triviais - no sentido de que qualquer um poderia colocar na sua própria listagem, não no sentido de que sejam assim tão fáceis, monetariamente falando -, como, sei lá, visitar o México, ver a Aurora Boreal de perto, entre outras coisas obviamente maravilhosas.
Mas aí, pensei em uma coisa mais específica, que talvez outras pessoas queiram também, mas que me importa mais do que qualquer outro objetivo. Eu queria, na verdade, ser motivo de inspiração para alguém. Que seja por um momento breve, ou por uma vida inteira, mas, em suma, é isso.
E então, pode ser inspiração em vários sentidos. Como professora, queria inspirar um aluno a se apaixonar por algo que ensino, inspirá-lo a seguir uma determinada carreira - não a minha, necessariamente - ou, minimamente, inspirá-lo a gostar de aprender.
Como pessoa que desenha, adoraria despertar esse sentimento em alguém, seja para desenhar também, para tocar um instrumento, criar uma música, escrever um texto, dançar. Qualquer insight criativo - ou não também, sei lá - vale.
O ponto é: Ter algum significado maior, mais produtivo, para alguém, em alguma parte do universo. E não digo isso para ter reconhecimento. Não. É questão de fazer bem, de gerar uma energia bacana, mesmo sem saber.
Esse item seria o primeiro da minha bucket list. That's it.

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Corpo.

Corpo é uma coisa fascinante.
Explorar a própria pele, os tons, as marcas - naturais ou adquiridas. As conexões - não gosto da palavra "juntas", rs, nem "dobras" -, as curvas, as nuances, é uma experiência incrível.
Observar e explorar o corpo alheio, então, nem se fala. E não digo nem sexualmente - também, claro, mas não só. O ato de observar mesmo, até tocar, com a ponta dos dedos. É um passeio único, enriquecedor. É como conhecer alguém - e é - sem precisar abrir a boca.
E aí quando se trata de toque, aparece algo ainda mais legal: As reações. "Se eu tocar aqui, o que acontece?". Um arrepio, uma respiração que muda, um movimento involuntário, um barulho que escapa sem querer.
O desbravamento de um corpo pode ser uma das melhores viagens que existem. E nem precisamos sair do lugar. Mas, se quisermos, também podemos...


segunda-feira, 10 de agosto de 2015

What Happened, Miss Simone?

- What's "free" to you, Nina?
- What's "free" to me?
- Yeah.
- Same thing it is to you. You tell me.
- No, no, you tell me.
(Laughs)
- I don't know. (interviewer)
- It's just a feeling. It's just a feeling. It's like, "How do you tell somebody how it feels to be in love?". How are you going to tell anybody who has not been in love how it feels to be in love? You cannot do it to save your life. You can describe things but you can't tell them, but you know it when it happens. That's what I mean by "free".
I've had a couple of times onstage when I really felt free, and that's something else. That's really something else! Like, all... All... Like... Like... I'll tell you what freedom is to me, no fear. I mean, really, no fear. If I could have that half of my life, no fear.

E é só o começo. Melhor documentário.

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Who Do You Wanna Be Now?

É realmente interessante essa coisa de conhecer pessoas virtualmente. Interessante porque, no fim das contas, você pode agir como quiser. Pode soar estranho, mas é verdade. Não no sentido de enganar alguém, não é isso - pelo menos não no meu caso, rs -, mas de não ter a "obrigação" - entre aspas, porque também ninguém é obrigado a nada - de ser bonitinha, engraçadinha, fofinha. Claro que tudo depende da intenção.
Existe uma liberdade para a sujeira, logo de cara. De poder dizer "eu gosto disso, assim, e você?". Sordidez, rs. Na verdade, pessoalmente também existe essa possibilidade, mas convenhamos que a timidez é maior.
No fundo, é aquilo: Você é quem você é - ou pelo menos deveria ser assim. Se é unnapologetic bitch virtualmente, pessoalmente a coisa pode ficar ainda mais pesada.

32637 X 0 para Guilt-free.

terça-feira, 4 de agosto de 2015

Waves.

Nem sei como começar. Feelings. Let's start from here.
Parece que às vezes vem uma onda (grande) de algum sentimento, e aí.. E aí que não se sabe exatamente o que fazer com ela. Acho que existem dois tipos de onda: A que você quer engolir e se afogar, até desaparecer, e a que você quer surfar, curtir, nadar ou qualquer coisa legal que você possa querer fazer com uma onda.
A primeira pode ser uma daquelas cheias do sentimento/sensação de que está tudo errado, ou de que você fez algo errado e agora precisa limpar a sujeira, ou, nesse caso, secar a onda. E aí, por onde começar? Primeiro, respire. Depois, pegue uma esponjinha, um potinho e um paninho, com muita paciência, e tente fazer o melhor possível (que blábláblá de auto-ajuda idiota, mas enfim) para dar um jeito nessa maré cheia. Isso se afogamento não for uma opção, claro, rs.
A segunda... Depende da situação. Existem ondas legais para nadar sozinho. Momentos de inspiração, por exemplo. Adoro aproveitar o isolamento para desenhar, escrever, ou qualquer coisa do gênero, e acho que instantes desse tipo são extremamente necessários. Mas existem ondas tão grandes e tão boas (não que a anterior não seja ótima) que seriam ainda melhores se não surfadas em solitude. São aquelas que te fazem ter vontade de chamar alguém para navegar junto. Pouco ou muito, pelo tempo que for. E aí me vem esta imagem de um potinho transparente, com um pouquinho da água dessa onda, e um bilhete arrumadinho na tampa, fazendo o convite: "Quer navegar comigo?".

E sim, o final é sobre o gostar.

segunda-feira, 27 de julho de 2015

O Universo em um Gesto.

Às vezes fogem as palavras, fogem os tons, fogem até os desenhos. O que nunca foge é o movimento. Em algumas situações, acho que deveria bastar um gesto - gesto mesmo, movimento, não atitude bondosa ou qualquer coisa neste sentido - totalmente não verbal - e não óbvio, como mostrar o dedo do meio, rs - para demonstrar o que queremos dizer. Mas não creio que isto seja para todo mundo. Não por nada - e aqui não quero soar arrogante -, mas expressão corporal é algo que se tem por natureza, uns mais, outros muito, muito menos, tornando essa "comunicação" mais difícil. Não sei se temos como dizer que alguém tem expressão corporal nula, porque, a partir do momento em que você se move minimamente, você se expressa. Mas, e os totalmente paralíticos? Movimento dos olhos entraria em movimento/expressão corporal? Hum, talvez não, acho que é algo separado. Enfim, tudo bem, estou divagando.
O que eu estava dizendo é que eu encontro essa "voz fugida" na dança, em suas mais variadas formas, para a expressão dos mais diversos sentimentos.
Já dancei para mostrar a raiva, já dancei para relaxar um pouco mais. Já dancei para não pensar, já dancei para pensar mais. Já dancei por sentir amor, já dancei para seduzir.
Por mais que as músicas dançadas muitas vezes tenham letras, elas sequer são necessárias - neste caso, digo. É apenas ritmo. Apenas movimento. Apenas sua alma derretendo. Ou sublimando. O sentido - para cima, para baixo, para a esquerda, para a direita, diagonal ou whatever - não importa, e nem é você quem escolhe. It goes with the flow. So, let it flow. E nem precisa de música para dançar.
A dança é a minha praia. É "minha mãe, minha filha, minha irmã, minha menina". Se não fosse, seria a música - a produção da mesma. Porque, o que é a música senão o (belo) movimento das ondas sonoras pelo espaço?
Está aí. A chave do meu universo é o movimento. Puro e simples.
Encontrei minha forma de comunicação codificada. Movimento. Não vou mais usar palavras, apenas me moverei. Olha que maravilha!
Encontrei a resposta para a minha existência.
Agora, talvez, possa dormir.
Boa noite.

sexta-feira, 24 de julho de 2015

The Importance of Slowing Down

In a world where everything gets faster and faster - and I wonder where all this speed is going to lead us -, we almost don't have time to feel anything. Almost.
Actually, it occurs to me that the real fact is that we don't want to have time to think and feel most of our feelings, because we're afraid of their effects on us.
And this "avoiding" fits both bad and good feelings. For example: Falling in love. People are afraid of it, these days, because, despite the fact that it's an amazing feeling, it's a hard thing to deal with, it can hurt you. A lot. So, we rather talk to people on the internet, choose one to hang out one day and bye bye, next, next, and next.
If we think about a bad feeling, it's even easier to desire a distraction. Take pictures, watch movies on the internet, whatever it takes to change the focus.
So, we look for something to do all the time, and we're always in a hurry, and demanding things very fast.
When we slow things down, we feel everything. The emotions have space and time to appear, to overrun our hearts and minds. It's important to have these moments, to really feel what is inside of us.
Even if we think about it literally: Try to walk slowly (really slowly), inside your house, with your eyes closed (or not, but try not to get distracted) and no shoes. Feel your toes touching the floor and the lack of control of your own body. It's almost like to be released.

I'm slowing down now.

P.S.: What a shitty text. But I don't care, I'm still guilt-free, rs.

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Sobre sorte e processos.

Pensei em mil coisas. Uma delas, e que sempre considerei uma verdade, um fato: Eu tenho muita sorte. Sorte de encontrar pessoas (e oportunidades também) certas, nos momentos certos. E o melhor, sem nem esperar por isso. Naturalidade é a melhor coisa que existe, e sempre será. E não digo por nada específico, é por ter momentos de alegria, de felicidade, tão gratuitos, que chegam a ser questionáveis. Ou não, sei lá.
Outra coisa que passou na minha cabeça por esses dias: Abramović diz que um artista não deve forçar sua produção, que as coisas devem vir de uma inspiração, de um sonho. Concordo. Mas acho que também deve-se facilitar o processo. No caso dos desenhos, por exemplo... Já tive fase de me culpar por fazer retratos, pelo fato de eles não serem desenhos totalmente autorais. Hoje, já não vejo assim. Acho que é um processo de apropriação, de treino, de se abrir para ter ideias. Sei lá... Guilt-free (or guilty-free mesmo, rs. Se é para ser assim, que seja do jeito que saiu a escrita naquele momento, não? Rs. Acho válido).
E é isso. Meio torto, meio incompleto, mas tá tudo certo. =)

terça-feira, 12 de maio de 2015

Sobre apagar.

Acho que sempre tive medo de apagar algumas coisas. A começar, tinha medo de apagar alguns desenhos. Não os desenhos inteiros, mas um pedacinho deles enquanto estava desenhando.. Uma parte de um olho, um pedaço de uma boca.. Esse medo era de não conseguir desenhar de um jeito melhor, de simplesmente estragar o que tinha feito e ficar estagnada ali. E aí, isso se estende para tudo. Desenhos, situações, estórias. No fim, é tudo uma grande bobagem, essa mania de (tentar) guardar tudo do jeito que é, ou do jeito que foi. O que importa, no fim, é cada momento. O agora foi ótimo? Então perfeito, sinta a sensação de.. Completude (?). Foi péssimo? Então sinta o horror até acabar. Cada pedaço importa, da sua forma peculiar. E que seja peculiar, porque se for qualquer nota, já não vale muita coisa. Por isso, "here and now" nunca fez mais sentido do que, exatamente, agora. "If not now, when?", pergunta o título de um álbum daquela banda linda e querida. E é isso.
Talvez eu esteja me tornando mais ariana do que imaginava. Rs. Thanks, Universe.

segunda-feira, 11 de maio de 2015

Guilty-free

Aí eu penso. Penso sobre as coisas que eu penso, e vejo que existem duas linhas de raciocínio totalmente discrepantes (ah vá, talvez seja só mais um melodrama, o uso dessa palavra bonita. "Discrepante", não "melodrama", rs). Um é infantil demais (oi, terapia) e o outro é sórdido (outra palavra de que gosto, rs. Cadê o foco desse texto, Brasil?). Sórdido demais. Daí que não sei se isso é comum. Daí que não sei se existe um meio termo (creio que sim, tô tentando achar). Daí que penso penso penso e aí concluo que perdi muitos dos meus vinte e fucking três anos pensando muito e fazendo pouco. Tentando decidir (e precisa?) se sou, sei lá, romantiquinha melosa ou discípula de Sade (amor <3. Haha, que contradição escrever isso). E sei lá.. Acho que tá tudo torto. E torto, a principio, poderia ser uma coisa ruim, poderia causar confusão. Mas então me lembro do manifesto do Grupo EmpreZa (grupo de performers que participou da exposição da Marina FuckingAmazing Abramovic), que dizia, em algum momento, que a confusão é saudável, e aí tudo bem, me permito.
Permirtir-se. Aí está o equilíbrio. Guilty-free (tipo gluten-free rs).
Era isso. Isso e dizer que eu queria saber falar francês. Porque, além de tudo, até quebrar o pau em francês é bonito (obrigada, Azul é a Cor Mais Quente). Queria saber. Saberei, logo menos. E eu demorei uma hora e meia pra escrever isso aqui. Ok. Guilty-free.

domingo, 3 de maio de 2015

Old Tale

Come through the front door. Search for me. Find me with your electric eyes. Give me a twisted smile. Pull me. Take me to the corner. Bite my neck and listen carefully to the low moan. Pull me closer. Kiss me. Make me turn my back. Unbutton my pants. Slide your hand on my belly until my panties' lace. Fuck me as you needed the moans of my throat to live. Make me cum. Turn me around and make me look at your eyes during the sensation's persistence just to see your own face in my dilated eyes and know that the cause of the chill is you and your blue eyes.

sábado, 2 de maio de 2015

Marina Abramović's Manifesto

1. An artist’s conduct in his life: 

– An artist should not lie to himself or others 

– An artist should not steal ideas from other artists 
– An artist should not compromise for themselves or in regards to the art market 
– An artist should not kill other human beings 
– An artist should not make themselves into an idol 
– An artist should not make themselves into an idol 
– An artist should not make themselves into an idol 

2. An artist’s relation to his love life: 


– An artist should avoid falling in love with another artist 

– An artist should avoid falling in love with another artist 
– An artist should avoid falling in love with another artist 

3. An artist’s relation to the erotic: 

– An artist should develop an erotic point of view on the world 

– An artist should be erotic 
– An artist should be erotic 

– An artist should be erotic 

4. An artist’s relation to suffering: 


– An artist should suffer 
– From the suffering comes the best work 
– Suffering brings transformation 
– Through the suffering an artist transcends their spirit 
– Through the suffering an artist transcends their spirit 
– Through the suffering an artist transcends their spirit 

5. An artist’s relation to depression:

– An artist should not be depressed 

– Depression is a disease and should be cured 
– Depression is not productive for an artist
– Depression is not productive for an artist 
– Depression is not productive for an artist 

6. An artist’s relation to suicide: 

– Suicide is a crime against life 

– An artist should not commit suicide 
– An artist should not commit suicide 
– An artist should not commit suicide 

7. An artist’s relation to inspiration: 

– An artist should look deep inside themselves for inspiration 
– The deeper they look inside themselves, the more universal they become 
– The artist is universe 
– The artist is universe 
– The artist is universe 

8. An artist’s relation to self-control: 

– The artist should not have self-control about his life 
– The artist should have total self-control about his work 
– The artist should not have self-control about his life 
– The artist should have total self-control about his work 

9. An artist’s relation with transparency: 

– The artist should give and receive at the same time 
– Transparency means receptive 
– Transparency means to give 
– Transparency means to receive 
– Transparency means receptive 
– Transparency means to give 
– Transparency means to receive 
– Transparency means receptive 
– Transparency means to give 
– Transparency means to receive 

10. An artist’s relation to symbols: 


– An artist creates his own symbols 
– Symbols are an artist’s language 
– The language must then be translated 
– Sometimes it is difficult to find the key 
– Sometimes it is difficult to find the key 
– Sometimes it is difficult to find the key

11. An artist’s relation to silence: 


– An artist has to understand silence 
– An artist has to create a space for silence to enter his work 
– Silence is like an island in the middle of a turbulent ocean 
– Silence is like an island in the middle of a turbulent ocean 
– Silence is like an island in the middle of a turbulent ocean 

12. An artist’s relation to solitude: 


– An artist must make time for the long periods of solitude 

– Solitude is extremely important 
– Away from home 
– Away from the studio 
– Away from family
– Away from friends 
– An artist should stay for long periods of time at waterfalls 
– An artist should stay for long periods of time at exploding volcanoes 
– An artist should stay for long periods of time looking at the fast running rivers 
– An artist should stay for long periods of time looking at the horizon where the ocean and sky meet 
– An artist should stay for long periods of time looking at the stars in the night sky 

13. An artist’s conduct in relation to work: 

– An artist should avoid going to the studio every day

– An artist should not treat his work schedule as a bank employee does 
– An artist should explore life and work only when an idea comes to him in a dream or during the day as a vision that arises as a surprise 
– An artist should not repeat himself 
– An artist should not overproduce 
– An artist should avoid his own art pollution 
– An artist should avoid his own art pollution 
– An artist should avoid his own art pollution 

14. An artist’s possessions: 

– Buddhist monks advise that it is best to have nine possessions in their life: 
1 robe for the summer 
1 robe for the winter 
1 pair of shoes 
1 begging bowl for food 
1 mosquito net 
1 prayer book 
1 umbrella 
1 mat to sleep on 
1 pair of glasses if needed 
– An artist should decide for himself the minimum personal possessions they should have 
– An artist should have more and more of less and less 
– An artist should have more and more of less and less 
– An artist should have more and more of less and less

15. A list of an artist’s friends: 

– An artist should have friends that lift their spirits 
– An artist should have friends that lift their spirits 
– An artist should have friends that lift their spirits 

16. A list of an artist’s enemies: 


– Enemies are very important 
– The Dalai Lama has said that it is easy to have compassion with friends but much more difficult to have compassion with enemies 
– An artist has to learn to forgive 
– An artist has to learn to forgive 
– An artist has to learn to forgive 

17. Different death scenarios: 


– An artist has to be aware of his own mortality 

– For an artist, it is not only important how he lives his life but also how he dies 
– An artist should look at the symbols of his work for the signs of different death scenarios
– An artist should die consciously without fear 
– An artist should die consciously without fear 
– An artist should die consciously without fear 

18. Different funeral scenarios: 

– An artist should give instructions before the funeral so that everything is done the way he wants it 

– The funeral is the artist’s last art piece before leaving 
– The funeral is the artist’s last art piece before leaving 
– The funeral is the artist’s last art piece before leaving

terça-feira, 28 de abril de 2015

Marcas

Acho que sempre quis, mesmo que inconscientemente, deixar uma marca na vida das pessoas que me importam. Marcas positivas, claro. Talvez por isso tenha cultivado a mania de sair entregando meus desenhos para elas. É como se eles fossem um lembrete, um "hey, estive na sua vida em algum momento, e me importei com você, por isso não me jogue fora".
Às vezes desejei não ter "desperdiçado" um desenho, desejei ter rasgado, como se fosse um grande "NÃO ME IMPORTO MAIS, então não quero que você lembre de mim", mas não fiz. E que bom que não. 
Coisas boas não devem ser jogadas fora, não devem ser rasgadas. Já temos chatices e coisas ruins demais na vida para destruir um desenho. 

sábado, 25 de abril de 2015

Gestos.
Gestos sempre me interessaram, sempre me atraíram.
Na verdade, a palavra não é bem "gestos", mas sim, "movimentos".
Movimentos mesmo, literalmente.
Sempre me pego prestando atenção no jeito como alguém move a boca ao falar, ou como determinada pessoa se move em um videoclipe. Volto 50 vezes o vídeo para ver aquele pequeno movimento, aquele virar de olhos, um começo de sorriso, qualquer coisa que atraia o meu olhar.
Me apaixono por pessoas, mas ainda mais pelas suas vozes e pelo modo como se movem.

E é assim.

E voltei.