quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Sobre o Universo, Energias e Sorte.

Saí de casa hoje, às 15h, pensando sobre o universo e suas energias. Pensando em como a gente atrai o que quer - ou o que não quer, se estamos com energia ruim. Energia gera energia semelhante. Você joga pro universo, e ele te devolve o que você chama para si. E estava me sentindo muito grata pelos últimos dias, pelo estado de leveza em que me encontro, e que acredito existir justamente por ser isso o que eu estava querendo para mim.

Eis que sou assaltada, à mão armada - um punhal -, dez minutos depois. Dois homens em uma bicicleta. Eu tinha tudo na mochila: Um laptop emprestado, 300,00 reais em espécie - tinha recebido ontem e esqueci de tirar da bolsa -, meu sketchbook, uma pasta cheia de materiais para as aulas, o livro "Uma Breve História do Tempo", maquiagem, perfume, estojo com lápis importados, documentos e, claro, meu celular, com um chip de Natal que comprara havia dois dias. Entreguei tudo, não tinha o que discutir. Corri de volta para casa, aos prantos. Saí com a minha mãe rodando o bairro de carro, tentando achar os maloqueiros. Nada. Juro que pensei, com força: Minhas coisas vão voltar!

Fomos à delegacia. Termino o boletim de ocorrência e chegam policiais com dois moleques. O escrivão pede para eu ir verificar se eram os que tinham me assaltado. Não eram. Minha mãe comenta com os policiais que eu acabara de ser abordada por outra dupla, em uma bicicleta. Dois policiais se olham e dizem: Nós vamos procurar! Cada um em uma moto, eles foram. E meia hora depois, estavam com os dois escrotos e a minha mochila, com tudo, menos os meus documentos, o sketchbook, o livro e a pasta, que eles jogaram fora, pois não tinha serventia - risos. Até o dinheiro estava lá. Incompleto, mas estava.

Me disseram que o meu caso foi um em um milhão. Se foi sorte? Milagre? Anjo da guarda? Não sei... Estou dando crédito ao universo, que me ouviu, e colocou no caminho os policiais, que foram os mais sensacionais - e ainda divertidos - do mundo, e apareceram no lugar certo, na hora exata.
Hoje não tenho duas coisas a dizer, apenas uma: Obrigada.

Um comentário:

  1. Estamos aqui vivas e bem, apesar da mão dolorida! Os polícias foram sensacionais e nós? Vamos embora desse país de merda, o mais rápido possível!

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