segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Miedo que da miedo del miedo que da.

O medo nunca foi um grande companheiro na minha vida, mas os momentos em que me acompanhou ficaram marcados, e ainda ficam, porque nunca se deixa realmente de ter medo.
Lembro que um grande medo da minha infância era que a minha mãe morresse. Sim, ao contrário do que dizem das crianças, que sempre acham que seus pais nunca vão morrer, eu tinha a paranóia de achar que a minha mãe ia morrer a qualquer momento. Cada saída dela sem aviso prévio, cada telefonema meu não atendido era motivo de pânico e choro, mesmo, sem exageros.
Hoje os medos são outros, bem diferentes mas igualmente importantes. Tenho mais deles agora do que costumava ter, e isso é lógico, pois hoje penso além das simples brincadeiras de Barbie ou da bronca que poderia levar se aquele tal vaso chinês quebrasse - e um dia quebrou por causa de uma ventania que deu em casa, haha. Medo de não ter sucesso na profissão, de perder pessoas queridas - não por morte, mas por afastamento mesmo, como já ocorreu e fez doer muito - de não ter dinheiro suficiente pra pagar as minhas contas quando eu morar sozinha, de morar sozinha, de um talvez futuro "nós", de pessoas, de não ter mais tempo, de acabar o ar respirável e a água tomável, de me tornar mais intolerante do que sou, de afastar pessoas sem a intenção, de afastar com a intenção. Mas não, não tenho medo de morrer, não mesmo .
Resumindo, acho que me tornei uma medrosa. E isso me dá medo.

domingo, 28 de dezembro de 2008

Construindo e apagando, apagando e construindo.

Sou daquelas que constroem e apagam o que quer que seja. Sejam amores platônicos, desenhos, textos, posts de fotolog, amizades, qualquer coisa. O que percebo é que na maioria das vezes, por mais que apague eu ainda me lembro, porque se torna parte de mim.
As minhas paixões têm um motivo de ser, assim como as palavras que jogo em qualquer lugar, e tudo isso constrói a minha personalidade. Mas o tudo que eu destruo, que faço ter um motivo para não ser também faz isso, pois eu jogo fora algo que hoje acho idiota, desnecessário, ou até vergonhoso e antes não. Essas observações representam pra mim uma espécie de evolução do que eu era para o que eu sou, e é extremamente interessante observar isso.
Pensando agora, isso se encaixa até mesmo na minha profissão futura, porque Moda é algo que evolui constantemente, e nos faz perceber, por exemplo, as roupas ridículas que usávamos - e na época achávamos um luxo - quando olhamos aquelas fotos antigas, e aí temos uma evolução, apesar de isso ser relativo.
Esse texto está extremamente complicado de construir e estruturar sem repetir as coisas, então perdão se eu não estiver conseguindo me fazer entender, mas eu não vou destruí-lo. Não agora.

Hoje construi esse blog (com a Tahyianahiysia =D) já desejando apagá-lo, mas acabei por deixá-lo aqui, caso eu resolvesse construir algo nele, e aqui estamos (para a felicidade geral da nação ou não, =D)!

Está falado.