sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Love, Lust, Feelings and Emotions

They say we can love who we trust
But what is love without lust?
Two hearts with accurate devotions
What are feelings without emotions?

La Roux - In For The Kill

Não sei se é interpretação minha, mas parece que Elly tem uma idéia de que o amor não é - e talvez não deva/possa/consiga ser - um mar de tranquilidade - para o bem e para o mal, rs. Ou talvez seja eu jogando para a música a minha impressão.
O que importa é que as idéias encaixam.
Não imagino mesmo o amor sem luxúria, mas talvez eu seja suspeita para falar, rs.
Não imagino também sentimentos sem emoção, creio que um está dentro do outro, do contrário os primeiros não parecem ter razão de ser e existir.

Mas também, na primeira frase desse trecho, ela parece estar falando daquilo que poderíamos chamar de "amor seguro". Seriam relações sem grandes emoções, sem grandes paixões, nas quais se corre "menos risco" de sofrimento. É como namorar com o(a) seu(sua) melhor amigo(a) simplesmente pelo fato de que ele(a) te faz bem e cuida de você, embora você não sinta lá grandes coisas. Conheço pelo menos um caso assim. Boring, na minha opinião. De que vale um amor morno? Só para deixar morna a cama. Então não, obrigada.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Energia Coletiva

Lembro que já me disseram que todos deveriam passar por duas experiências na vida: Presenciar um jogo de futebol em estádio lotado e participar de um carnaval. Pela primeira, nunca passei, mas a segunda aconteceu pouco tempo atrás e, surpreendentemente, foi incrível.
Esclareço-me. Sempre tive preconceitos musicais e, mais ainda, preconceitos contra qualquer evento que envolvesse multidões. Aos poucos - e o movimento é crescente -, essas idéias negativas sobre as mais variadas situações vêm positivamente se diluindo, e percebo que ganho muito mais com isso.
O ponto em que quero chegar vai além da simples diversão nesse tipo de situação. O que realmente me interessou foi ver o quão contagiante e bonita é a energia que se sente e se propaga nesses lugares - confusões e estresses à parte, claro.
Eu, do alto dos meus "não me toques" que conservei por 23 anos, fui a que mais dançou e cantou na primeira música, atrás de um trio levado por Ivete Sangalo. Não tinha como não me envolver, era, literalmente, impossível.
Havia me esquecido desse pensamento sobre energia coletiva até ontem, quando acompanhei uma manifestação e percebi uma certa inquietação dentro do peito, causada pela observação daquele mar de gente que caminhava.
Pensando em tudo isso, lembro também de uma cena do livro 1984, de George Orwel, em que um grupo de pessoas era obrigado e incentivado a gritar, xingar e quebrar tudo em um momento chamado de "dois minutos de ódio". Nesse caso, o ódio era ligado à política e comportamentos relacionados, e mesmo quem iniciava esse momento sem tanta vontade assim, acabava entrando na onda, esquecendo-se momentaneamente de seus princípios. O que é isso? Energia.
A energia de um grupo é extremamente poderosa, para o bem e para o mal. Não que ela seja responsável por tudo, não que as pessoas esqueçam-se de quem são e o que querem, mas há, em maior ou menor grau, uma certa influência. Eu não acreditava, mas creio já estar mudando de idéia. Menos um preconceito. Pré-conceito. Enfim.

#guiltfree #prejudicefree

Rs.