sábado, 29 de julho de 2017

Little Moments of Poetry

Alain de Botton once said that one of our problems is the optimism, because it makes us think that hapiness is like a country we have to discover and live in forever (not really forever, but for a really long time) when, actually, all we can truly achieve is a bunch of "little moments of poetry" (I just loved this expression). I couldn't agree more.

I was thinking about how we live our ordinary lives everyday without minding if there's a reason or a final purpose for everything, and it reminded me of Alain's speach. Maybe the secret of life is discovering what makes us have these little moments of poetry and, once we discover their cause, we achieve our goal. Maybe this is hapiness: the discovery of what makes you have moments of poetry and live life causing and enjoying them. Maybe this is the key, maybe this is the purpose of life.

One can think "well, but it looks like a pretty easy goal to achieve", but I don't think so, because you have to do so - the discovery - while living a bunch of difficult moments that can ruin your poetry with the blink of an eye.

Well, I don't know, but from now on, instead of asking "are you happy?", I'm going to ask "are you having a little moment of poetry?". Haha.


terça-feira, 18 de julho de 2017

Sobre aqueles mistérios.

"A consciência, bem o sabemos, não é senão uma parte restrita do nosso intelecto, o qual, obscuro no seu interior, volta-se para o mundo exterior com todas as energias de que dispõe. Todos os seus conhecimentos perfeitamente seguros, digamos certos a priori, dizem respeito somente ao mundo exterior, podendo-o ainda em tal campo, aplicando-se certas leis de caráter geral, que têm em si mesmas o próprio fundamento, distinguir de um modo infalível o que é possível e impossível fora, o que é necessário e o que é supérfluo. Foi assim que ficaram estabelecidas as matemáticas puras, a lógica pura e também as bases da ciência natural, todas a priori. Em seguida à aplicação dessas formas conhecidas a priori aos dados fornecidos pela percepção sensível, depara-se-lhe o acesso ao mundo visível ou real, tornando-lhe, ao mesmo tempo, possível a experiência; mais tarde, a aplicação da lógica e a faculdade de pensar, que constitui a base, neste mundo exterior revelado pelos sentidos, fornecer-lhe-á os conceitos, abrirá às suas atividades o mundo das ideias, permitindo, consequentemente, nascimento às ciências e frutificação, por sua vez, aos seus resultados. É, portanto, no mundo exterior que a inteligência vê diante de si a luz mais fulgurante. Todavia, no interior tudo é sombra, como em telescópio bem enegrecido: nenhum princípio a priori iluminará a noite do nosso forum interior; são faróis que reverberam unicamente para fora."

(Schopenhauer - O livre-arbítrio)

Quando eu disse que não importava o quanto soubéssemos, o quanto buscássemos e o quanto descobríssemos, porque sempre deixaríamos algo escapar, era sobre isso que eu pensava sem sequer saber. Nunca saberemos os limites das nossas sombras ou a origem real e concreta dos mistérios que surgem em meio a elas, pois os faróis iluminam para fora. E tudo bem, assim caminha a humanidade.

quarta-feira, 5 de julho de 2017


              I don't draw just because I like it. I draw because I need it to keep me sane. I don't know if someone has said it before but, anyway, I'm saying.