domingo, 28 de março de 2010

Saudades Variadas.

Para mim, saudade se encaixa sempre em uma classificação: saudade fingida, saudade profundamente dolorida e saudade gostosa.

Esclareço-me em tópicos:

- Saudade Fingida: o nome já diz tudo. A saudade simplesmente não existe, você finge. É aquela que se usa para responder o scrap daquela pessoa da qual você nunca gostou muito (ou da qual você já gostou mas enjoou), mas que ela sempre gostou de você e toda vez que se comunica diz que sente saudades suas. Serve só pra não deixar chateado (a).

- Saudade Profundamente Dolorida: é sentida quando alguém que você gosta muito está em um lugar distante e você sabe que vai demorar para vê-la novamente. Essa é a saudade que eu sinto, por exemplo, da minha mãe. E também é a que eu sentia do Mr. Platônico 2009, até eu me tocar que não valia a pena.

- Saudade Gostosa: é a que se sente quando você vai embora da casa de um amigo querido sabendo que muitíssimo em breve vai passar por ali ou vai vê-lo novamente, em uma semana NO MÁXIMO. É a que eu estou sentindo agora, depois da excelente festinha na casa do Dan, o qual eu não passo nenhuma, nem uma semana sem ver desde que cheguei em São Paulo, sem exageros.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Sei lá.

Hoje, vai saber porquê (iêiê, Vaqueriano), acabei me lembrando de todos os platônicos que tive ao longo dos 18 anos. Deve ser por causa da data. Acho que platônicos sérios mesmo foram 5. O que é muita coisa.

Me pergunto quantos mais terei até o fim da vida. Espero que nenhum.





OBS.: o Mr. L.S. não é platônico sério, só pra esclarecer.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Duas Horas.

Estava sentada no mesmo lugar havia duas horas. Cansada, descruzou as pernas.
"Não posso dizer isso pra ele", ela pensou.
No relógio, passaram-se mais 10 segundos.
Girou a cabeça, tentando aliviar a dor.
"Ele até me deu um sorriso hoje! Talvez até me ache legal."
Cruzou as pernas novamente e olhou para os próprios sapatos.
"Se eu fizer isso, acabou-se toda a gentileza, ele vai me achar uma retardada."
Passou a mão nos cabelos, jogando-os para trás.
"Não posso mais enrolar, vou ter que enfrentá-lo."
Levantou-se e andou até ele.
- Professor, eu realmente não consigo fazer sua prova de ecologia, sinto muito. - disse, entregando o papel em branco e saindo da sala para não olhá-lo, o rosto retorcido de desapontamento.






P.S.: a ecologia não é mera coincidência. O resto é invenção, =P.

segunda-feira, 15 de março de 2010

(Não) Querer Mudar.

Olha, eu sei que depois do último desastre relacionado às criaturas do sexo masculino, eu deveria ficar quieta. Deveria MESMO. Eu bem sei.
Mas eu confesso que entrei na USP no início do mês já procurando confusão. Procurando de verdade. E achei. Uma daquelas confusões bem interessantes.

Não, não estou querendo dizer que a situação está caminhando para a mesma estrada da última vez. É só que hoje me assustei ao perceber que senti aquela palpitação familiar ao ver Aquela criatura da espécie mais temida e proibida por e para mim: Professoruns perigosuns.

Eu não posso deixar que isso cresça e fique daquele jeito. Que entre na parte do roteiro em que eu perco a noção das coisas e acabo me ferrando no fim. NÃO posso deixar. Mas é que é tão bom ter um interesse desse tipo (e QUE/QUANTO interesse).

Uma parte do meu cérebro quer, de verdade, parar com esse tipo de coisa. Mas ainda tem uma outra porção que insiste em arrumar Problemas para serem Solucionados (ou não).




E esse problema é bonito, viu. Muito mais do que o último. E que alguém me segure.



P.S.: se serve para diminuir a minha culpa (e sim, eu me sinto culpada por permitir que essas coisas continuem acontecendo), pelo menos essa distração serviu para me fazer esquecer o último desastre. E como serviu.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Sobre greves e suas conseqüências.

Eu realmente concordo que não se deve acomodar com algo que está ruim e, portanto, deve-se demonstrar a insatisfação e procurar soluções. É um direito de qualquer cidadão.
Mas, por outro lado, também acho que as pessoas que não estão incomodadas têm o direito de ir em paz com seus carros para continuar seus compromissos do último dia útil da semana.

Esclarecendo: hoje houve uma greve de professores, provavelmente de escolas estaduais, contra o governador José Serra, pelo que eu pude entender. A mesma causou a paralisação da movimentadíssima Avenida Paulista, na qual eu estava passeando desavisadamente com Mr. Dan. Os carros não andavam, os pedestres não conseguiam atravessar a avenida ou chegar à estação de metrô.
Resumindo: para quem não tinha nada a ver com a greve, o movimento simplesmente foi um causador de transtornos.

Por isso eu questiono: até onde vai o direito dos grevistas de parar uma grande avenida para chamar a atenção, mesmo sendo essa a intenção? Até onde vai o direito deles de atrapalhar o funcionamento do já caótico trânsito de São Paulo?
Se o problema deles é com o governador, por que não ir até a frente da casa dele para fazer o manifesto? Ou ir até a frente da sede do governo estadual? Por que impedir várias pessoas de irem aos seus compromissos de trabalho agendados para as 16:30? Ou de ir buscar os filhos na escola? Ou até mesmo passear?

Realmente creio que se há um problema, ele deve ser tratado diretamente com o causador dele, sem que isso atrapalhe a vida de quem não está envolvido. Sim, eu sei que problemas em escolas públicas deveriam ser de interesse de todos, mas a realidade não é essa. Eu e todos (ou pelo menos a maioria) os que estudam/estudaram/estudarão em escolas particulares, penso eu, querem simplesmente poder andar em paz em qualquer avenida movimentada que seja, sem ter medo de que a qualquer momento a polícia possa passar por nós correndo para pegar algum grevista.


P.S.: sei que meu último parágrafo parece e é de caráter elitista. Perdoem-me os que se sentirem ofendidos.

P.S.2: fico com pena dos alunos que ficam sem aulas por causa dessas greves.

P.S.3: comprei meu ingresso pra ver o Simply Red e dei um foda-se bem grande pra greve. Falo mesmo. E estou feliz pra cacete, beigos.

quarta-feira, 10 de março de 2010

"Não acomodar com o que incomoda"

Cito O Teatro Mágico para falar de uma situação que tem me incomodado muito ultimamente: a falta de educação.

Todos os dias na volta da USP para casa, encontro o momento de maior tensão quando chego na Estação Brás do trem (CPTM). Isso porque a maioria das criaturas que lá embarcam simplesmente esquecem-se (ou nunca aprenderam, o que é mais provável) de um conceito básico da física: dois corpos não ocupam o mesmo espaço ao mesmo tempo.

Vou explicar melhor: quando o trem chega ao Brás, todos os que estão no trem desembarcam, porque é a estação final da linha, e novas pessoas embarcam para ir para a outra extremidade da mesma. Seria de se esperar que pessoas racionais deixassem todos desembarcarem primeiro para depois entrarem no trem, certo? Errado. As criaturas irracionais querem, a todo custo, enfiarem-se no trem enquanto o mesmo está abarrotado de gente que vai sair naquele exato momento. Resultado: empurrões, pisadas nos pés, palavrões e o diabo a quatro. Quase todo santo dia saio irritada, desejando que o trem exploda com todas aquelas pessoas sem educação dentro. Ou que pelo menos ele pare durante uma hora entre uma estação e outra, para que toda a pressa desnecessária (porque as portas do trem ficam abertas tempo suficiente para que todos saiam e entrem) tenha sido em vão.

Hoje, por exemplo, eu tentava sair dizendo "deixem a gente sair primeiro, pelo amor de Deus!". Mas de que adiantou? Nada.

Minha sugestão é que sejam contratados vários guardas que fiquem nas estações, em cada plataforma, "coordenando" as saídas e entradas. Como? Dizendo "deixem quem está dentro sair. Se tentar entrar antes da hora, leva cacetada". Eu sei que parece um exagero, e é. Mas é que todos os milhões de avisos com relação a isso não adiantam: tem aviso nas portas do trem, no chão da plataforma, no alto ao lado das escadas, e uma mulherzinha ainda fala a mesma coisa no sistema de som da estação. Então falta de informação não é.

Você pode estar pensando que eu só estou reclamando porque quero desembarcar. Errado. Estou reclamando porque faço minha parte todos os dias, esperando a galera desembarcar pra depois entrar, mesmo que eu acabe demorando e fique em pé durante toda a viagem. E não é por raiva que vou deixar de fazê-lo, porque aí me tornaria mais uma selvagem (porque é isso o que a maioria parece ser) no meio da selva das estações.


P.S.: trem não é a mesma coisa que metrô. Metrô é um sistema muito mais rápido e moderno. Trem é algo que está se modernizando um pouquinho mais agora, mas que por mim podia ser substituído inteiramente pelo metrô.

sábado, 6 de março de 2010

Vamos misturar!

Ainda me espanto e me irrito com alguns comentários que explicitam pensamentos altamente ultrapassados e contra o processo mais natural do mundo: a miscigenação. É como se fosse uma obrigação traçar uma linha divisória, separando quem é negro, quem é branco, quem é bonito e quem é feio, sem espaços para brechas.

"Como pode, uma menina tão linda como a Isabelli Fontana (modelo) com um cara tão feio como Marcelo Falcão (cantor)?!"

Acho engraçado isso. Ninguém sabe se ela o acha bonito. Ninguém sabe o que se passa entre eles dois quando estão sozinhos, a menos que eles contem. E nem assim dá pra ter algo mais do que uma vaga noção.

Não defendo a posição contra o preconceito gratuitamente, ou porque acho bonito. Defendo por experiência própria. Céus, quantas vezes eu gostei de alguém e as pessoas falaram "mas eeeeeele?", "nooossa, mas você tem um gosto, heim.."!?
Gostei até de um cara que dizia que era negro e ponto. Acho interessante o cara do Soho que é negro e usa dreads imensos. Então qual poderia ser a minha posição? Apenas essa.

Enfim, acho uma bobagem toda essa coisa de bonito-com-bonito, branco-com-branco e feio-com-feio. Viva a mistura!

sexta-feira, 5 de março de 2010

Eu

não sei mais como se escreve alguma coisa interessante.