terça-feira, 31 de julho de 2018

Tentava decifrar vocábulos quando caí em uma fenda do tempo. Não soube onde estava ou porquê.
A inquietação, o compasso desritmado causou-me vontade de desintegrar. Extinguir. Mas depois... Depois quis crescer. Ser maior do que esse buraco negro, essa toca de coelho cujo tamanho ninguém sabe, tampouco a razão de existir.

segunda-feira, 30 de julho de 2018

Questão

O que é mais poético: aquilo que nos une, que nos faz compreender uns aos outros - a empatia, o "sentimento de humanidade" -, ou aquilo que torna cada um único, específico, o que nos faz "stand out in the crowd"?

Talvez não seja necessário eleger apenas uma dessas situações como o maior "estado de poesia" e ambas possam coexistir - e/ou alternar-se nos momentos propícios/necessários.

terça-feira, 3 de julho de 2018

When is enough enough?

Ler um enorme número de bons livros não significa ler o suficiente. Ver uma grande quantidade de bons filmes e boas obras de arte não significa ver o suficiente. Ouvir as melhores músicas, com as mais profundas letras e melodias não significa ouvir o suficiente. Discutir infinitamente sobre assuntos interessantes e/ou importantes - feminismo, educação, política, homofobia, you name it - não significa discutir o bastante. Querer algo com cada fibra que compõe o seu corpo talvez não signifique querer o bastante. Amar algo com toda a força da sua alma talvez não implique em amar o suficiente. Esforçar-se para entender de assuntos e pontos de vista diversos com toda a dedicação e capacidade do seu cérebro talvez não implique em esforçar-se o suficiente.

Talvez nada seja o suficiente, nunca, porque mudamos, porque as coisas alteram-se e assim também o fazem as situações. Talvez essa busca pelo "ponto de suficiência" seja o que nos move. Embora muito instigante, é um processo exaustivo. E em alguns momentos brincamos de ser estúpidos - isso partindo do pressuposto de que normalmente não o somos, rs, e aí não sei se é arrogância ou a realidade - só para dar uma pausa ao desassossego.

Há certa poesia na inquietação, mas há também uma agonia sem fim. Vale a pena?