segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Jellyfish and passion.







Passion is like a jellyfish: it's beautiful, powerful and it can hurt you to death.

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

"E assim sou, fútil e sensível, capaz de impulsos violentos e absorventes , maus e bons, nobres e vis, mas nunca de um sentimento que subsista, nunca de uma emoção que continue, e entre para a substância da alma. Tudo em mim é a tendência para ser a seguir outra coisa; uma impaciência da alma consigo mesma, como com uma criança inoportuna; um desassossego sempre crescente e sempre igual. Tudo me interessa e nada me prende."

Pessoa, como tem sido.

quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Pessoando.

"Nasci em um tempo em que a maioria dos jovens haviam perdido a crença em Deus, pela mesma razão que os seus maiores a haviam tido — sem saber porquê. E então, porque o espírito humano tende naturalmente para criticar porque sente, e não porque pensa, a maioria desses jovens escolheu a Humanidade para sucedâneo de Deus. Pertenço, porém, àquela espécie de homens que estão sempre na margem daquilo a que pertencem, nem vêem só a multidão de que são, senão também os grandes espaços que há ao lado. Por isso nem abandonei Deus tão amplamente como eles, nem aceitei nunca a Humanidade. Considerei que Deus, sendo improvável, poderia ser, podendo pois dever ser adorado; mas que a Humanidade, sendo uma mera ideia biológica, e não significando mais que a espécie animal humana, não era mais digna de adoração do que qualquer outra espécie animal. Este culto da Humanidade, com seus ritos de Liberdade e Igualdade, pareceu-me sempre uma revivescência dos cultos antigos, em que animais eram como deuses, ou os deuses tinham cabeças de animais.
Assim, não sabendo crer em Deus, e não podendo crer numa soma de animais, fiquei, como outros da orla das gentes, naquela distância de tudo a que comummente se chama a Decadência. A Decadência é a perda total da inconsciência; porque a inconsciência é o fundamento da vida. O coração, se pudesse pensar, pararia.
A quem, como eu, assim, vivendo não sabe ter vida, que resta senão, como a meus poucos pares, a renúncia por modo e a contemplação por destino? Não sabendo o que é a vida religiosa, nem podendo sabê-lo, porque se não tem fé com a razão; não podendo ter fé na abstracção do homem, nem sabendo mesmo que fazer dela perante nós, ficava-nos, como motivo de ter alma, a contemplação estética da vida. E, assim, alheios à solenidade de todos os mundos, indiferentes ao divino e desprezadores do humano, entregamo-nos futilmente à sensação sem propósito, cultivada num epicurismo subtilizado, como convém aos nossos nervos cerebrais."

(Livro do Desassossego)

Cada ideia um gozo cerebral. Desculpa, Pessoa, talvez você não quisesse ter a sensação causada pelas suas palavras comparada à sensação de orgasmo, mas entenda isso como a expressão máxima do prazer - um prazer que alcança até um aspecto divino (preciso ler algo sobre isso) -, rs, já que estamos falando de divindades e adoração -, então não se ofenda. We should hang out, anytime.

segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Supermassive Black Hole

Sometimes I think I'm full of holes.
Knowledge holes, emotional holes, memory holes (perhaps I should use gaps instead of holes, but I don't want to and I don't care, rs. Language is freedom - or not, but I have no intention to start this wonderful discussion right now, rs)...
Now, if I'm full of holes, how can I be a whole person?
In the middle of all of these holes, there is a big black hole called exhaustion. All of my holes, that are part of my whole person (dammit, this text is just getting worse and worse, rs), are being sucked into the black hole. A beautiful supermassive black hole.

Shit.
Soçobrar.

Qual é a sensação?