sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

Linguagem e evolução.

Somos os únicos animais que desenvolveram uma linguagem complexa. Somos, principalmente por isso, considerados a ponta máxima da árvore evolutiva, apesar de ainda não sabermos exatamente quando ou por qual razão desenvolvemos essa característica.
Em compensação, exatamente por essa linguagem, somos os únicos que problematizam a existência e entram num sem-fim de questões angustiantes e sem resposta sobre a razão de estarmos aqui e de sermos como somos. Somos os únicos que, tendo esse tipo tão específico de linguagem, vivem agoniados a procurar alguém de outra espécie com quem possamos nos comunicar - talvez por solidão, ou talvez por prepotência em querer confirmar nossa superioridade, devido à exclusividade dessa característica.
Eu não tinha pensado por esse lado, até fazer um seminário sobre isso e o docente responsável fazer um comentário mais ou menos assim. E nem cheguei a pensar tanto quanto deveria, pois ainda não fiz a lição de casa de pesquisar o que já existe sobre isso, mas achei válido anotar esse pensamento por aqui, pra que não se perca em algum papel por aí.

Talvez tenhamos desenvolvido a linguagem como um meio de externar nossas angústias e uma maneira de saber se mais algum bicho por aí tem sentimentos como os nossos. O que me leva a lembrar de Wittgeinstein e o problema (muito interessante) da linguagem privada. Mas esse é outro papo, de outra questão, com outras resoluções não concretas, rs. Language is great.