terça-feira, 12 de maio de 2015

Sobre apagar.

Acho que sempre tive medo de apagar algumas coisas. A começar, tinha medo de apagar alguns desenhos. Não os desenhos inteiros, mas um pedacinho deles enquanto estava desenhando.. Uma parte de um olho, um pedaço de uma boca.. Esse medo era de não conseguir desenhar de um jeito melhor, de simplesmente estragar o que tinha feito e ficar estagnada ali. E aí, isso se estende para tudo. Desenhos, situações, estórias. No fim, é tudo uma grande bobagem, essa mania de (tentar) guardar tudo do jeito que é, ou do jeito que foi. O que importa, no fim, é cada momento. O agora foi ótimo? Então perfeito, sinta a sensação de.. Completude (?). Foi péssimo? Então sinta o horror até acabar. Cada pedaço importa, da sua forma peculiar. E que seja peculiar, porque se for qualquer nota, já não vale muita coisa. Por isso, "here and now" nunca fez mais sentido do que, exatamente, agora. "If not now, when?", pergunta o título de um álbum daquela banda linda e querida. E é isso.
Talvez eu esteja me tornando mais ariana do que imaginava. Rs. Thanks, Universe.

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