domingo, 6 de fevereiro de 2011

50 Anos A Mil


O livro autobiográfico do baterista, cantor e compositor - além de muito mais - João Luiz Woerdenbag Filho, também conhecido como Lobão, é obrigatório para qualquer um que goste de saber sobre a história da música brasileira.
É incrível observar os encontros musicais que permearam a vida dessa criatura, e que promoveram maravilhosas parcerias - Lulu Santos, Marina Lima, Júlio Barroso, Nelson Motta, entre muitos outros - que ocorriam de forma até inesperada, bem "hey, quebra o galho, sem baterista, toca lá pra mim?".
Isso sem falar da beleza que é ver um menino tão tímido - que tinha vergonha até de pedir a permissão da professora para ir ao banheiro - crescer e botar a boca no trombone, falando tudo o que pensa sem medo de ser contrariado.
É uma história cheia de problemas familiares - e outros puramente individuais -, com passagens pelas drogas e pela prisão que, muitas vezes, deram pano pra imprensa criar a caricatura de um lobo mau que na verdade não se limita a essa caracterização.
Quem, como eu, gosta de rock brasileiro e se envergonha dessas bandinhas fuleiras que estão no cenário musical de agora, deve ler a história do ícone da música independente e da briga contra os jabás nas rádios desse país. Roquenrou!

P.S.: as partes escritas por ele estão completamente em sua própria linguagem que, por sinal, é cheia de reticências, =D.
P.S.S.: as outras partes são escritas pelo jornalista Claudio Tognolli, falando sobre as matérias que saíram sobre o Lobão nas épocas contadas, para fundamentar a história.



Considerações finais: faltou uma boa edição na parte das entrevistas e uma melhoradinha na escrita dele também, e isso não iria interferir no seu modo peculiar de se expressar. Por outro lado, ele consegue passar uma imagem bem menos arrogante do que a gente costuma ver em entrevistas na televisão.
Por fim, uma coisa é fato: Lobão é foda. Não importa que nunca tenha sido um grande vendedor de discos. Ele é um vencedor.

Nenhum comentário:

Postar um comentário