sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Cá, eu (fui até o ponto).


Não sou de ilustrar textos, mas como acredito que, em algumas situações, atraímos o que habita os nossos pensamentos, assim calhou de ser, e essa imagem me caiu no colo, despretensiosa.
Há tempos divago sobre a complexidade do ser humano em si. Mais ainda, do cérebro.
Parece que não interessa o quão racionais e precisos possamos ser nessa busca eterna de apreender o significado de existir e o porquê de funcionarmos do jeito que funcionamos. Lá no fundo, sempre há um outro mistério. Lá dentro de algum lugar que não sei bem se é o cérebro ou a alma, há sempre algo que deixamos escapar.
Gesticulamos sem entender a razão do gesto. Buscamos situações para saciar a fome de emoções, e muitas vezes não sabemos de que é essa fome, ou a razão de a termos.
Existe um labirinto interno, com um começo e um fim, onde o começo parece ser a simples existência - do ser e das situações - e o fim é a completa compreensão do significado de tudo isso. O caminho de um ponto a outro é complexo, confuso, cheio de idas e vindas, mas vale o esforço (ou, pelo menos, queremos acreditar que sim).


P.S.: A imagem é obra da artista argentina Sofia Bonati. Amorzinho descoberto ao acaso e cujas obras me lembram algo de Klimt, não sei por quê. 

2 comentários:

  1. Essa vida é um labirinto mesmo. E a gente vai até o ponto que dá.

    Ei, e pode ilustrar mais despretensiosamente desse jeitinho, que tá bem bão. Gostei do estilo novo por aqui :)

    Saudades :*

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    Respostas
    1. Hey, gatínia!
      Eu tô tentando ir até o ponto que eu acho que dá. Enquanto isso, ouço Liniker encaixando gostoso nos meus ouvidos (e no cérebro, rs).
      Que bom que gostou, fico feliz em saber. Tava precisando dar uma renovada (ainda que singela) por aqui. =).

      Saudades, cabrita, apareeeça.

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