quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Dying Changes Everything

É incrível observar como o comportamento das pessoas com relação umas às outras começa a mudar quando a questão "morte" começa aparecer.
Por exemplo, quando se descobre que determinada pessoa da sua família, que nem é próxima de você, tem alguma doença como o câncer. Inicia-se uma repentina preocupação, um tal de "nossa, mas eu preciso falar com ela(e), porque ela(e) pode morrer e eu nem dei atenção.
Um monte de besteira, na minha opinião, porque aqui não existe absolutamente nada de altruísta, é uma bobagem egoísta, porque pretende livrar um sentimento de culpa que surge pela constatação de que, a vida inteira, você não deu bola pra alguém que hoje pode morrer.
Se duvidar, as pessoas param até de falar mal do moribundo, porque se torna "feio".
Quanta bobagem! Se a indiferença foi sempre sincera, por que mudar no último instante para uma preocupação fingida?

Às vezes nem é necessário que determinada criatura esteja doente, basta que esteja envelhecendo. "E se morrer e a última coisa que eu fiz com ela(e) foi brigar?", é o que aparece na mente. E aí deixamos a briga pra lá, novamente sendo egoístas, evitando um possível futuro sentimento de culpa.

Seria isso o resultado de todas aquelas questões pregadas sobre reencarnação, por exemplo? De ter que voltar continuamente enquanto houver uma questão não resolvida - não que uma briga vá fazer você voltar, eu acho -? Ou mesmo no Antigo Egito, onde acreditava-se que o coração - considerado a sede da consciência e onde pesariam as boas e más ações - seria pesado por Anúbis em uma balança com uma pena como contra peso, e tendo que ser o coração mais leve do que a mesma para que a alma pudesse ir para o paraíso?
Essa necessidade de altruísmo fingido seria resultado de todas essas crenças? Provavelmente.

Outra coisa que ocorre é a santificação de pessoas que já morreram. Parece que depois que determinada pessoa sai do meio de convivência, percebe-se que ela era, na verdade, uma criatura muito boa, sem defeitos, pura maravilha.

É porque falar mal de morto é feio, ?







P.S.: só estou falando sobre isso porque tenho visto muitas séries, ok? Não está acontecendo nada.

Um comentário:

  1. Eu andei esses dias pensando nisso também, e você sabe bem qual a minha opinião a esse respeito né? Tem coisa mais irritante que uma pessoa que era detestável morrer e virar a melhor pessoa do mundo para as mesmas pessoas que falavam horrores do(a) falecido(a)?? Aliás pensei também se eu morresse quantas pessoas que me detestam iam dizer que eu era uma pessoa incrível!! E aí como eu acredito em vida após a morte, eu voltaria para infrenizar esses babacas! ;P.Beijo amore mio!:)

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