quinta-feira, 1 de julho de 2010

(In)substituível.

Lembro-me de determinado momento do ano passado, no qual certa criatura dizia que, nessa sociedade capitalista, nada nem ninguém no mundo é insubstituível. Devo dizer que discordo.
Tudo bem que, considerando o contexto, provavelmente falava-se em um aspecto profissional - que nenhum técnico é insubstituível - mas pelo que conheço da criatura, não duvidaria que estivesse falando em um aspecto pessoal também - afinal, sempre vai haver alguém idiota o suficiente para fazer e entregar desenhos para ele, por pura vontade de ver as expressões faciais.

De qualquer forma, discordo em ambos os aspectos. Um profissional SÓ é substituível se em seu lugar for posto um ainda melhor - trocar por um mais barato não é válido.
Trocar uma pessoa que gosta de você e faz desenhos X por outra que também gosta mas faz desenhos Y não funciona. Os traços são diferentes, únicos. O modo de gostar é igualmente incomparável.

Para aquele que gosta, o objeto do gostar também não pode simplesmente ser posto no lugar do outro - sim, falo por mim. Cada um tem suas características, seus trejeitos que, mesmo alguns deles sendo irritantes, são admirados pelo conjunto da obra. Conjunto esse que um outro qualquer não terá, pois serão outros modos, que por mais que que lembrem os do anterior, não são iguais. E nunca serão.

That is my point: eu não substituo ninguém. O novo é colocado ao lado do velho na estante. E todos vão, assim, ocupando espaço. Muito espaço.




P.S.: sim, ainda estou em processo de recuperação. E não me venham com "ainda?" e muito menos risadas. Some respect, please.
P.S. 2: pelo menos existe um novo, aparentemente.

2 comentários:

  1. Hm, concordo (e gostei da parte em que você simplifica tudo em uma estante, rs).

    Mas eu acho que já tá na hora de você deixar que o velho fique lá, juntando poeira. E quanto ao novo, se for aquele que você me mostrou, eu não gostei D: mas fazer o quê; você tem o seu cu e eu tenho o meu. rs
    Beigos!

    P.S.: confesso que fiquei LOUCA quando terminei aquele capítulo. Saiu bem melhor do que eu esperava; morri!

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  2. *******
    Eu estava procurando coisas do meu blog e vim parar aqui... rs.
    Dê uma olhadinha no meu que você verá as correlações e entenderá o que digo.

    Fora isso, estava lendo o Baudelaire e seu "Paraísos artificiais" e já matutando um texto envolvendo drogas. Não heroína, não chão branco, não tão melancólico... talvez um uísque com haxixe num chão cor de rosa.

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