quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Todo mundo tem.

Dom¹: sm (lat donu) 1 Dádiva, presente. 2 Merecimento, mérito. 3 Dote natural; talento, prenda, aptidão, faculdade, capacidade, habilidade especial para. 4 Bem que se goza, considerado como uma concessão da Providência.
(Dicionário Michaelis)

Como não sabia exatamente como começar esse texto, resolvi colocar a definição que achei no dicionário para a palavra que guiará esse escrito: "dom".
Falarei de dom porque esta tem sido uma palavra - e assunto - recorrente nos últimos dias - tudo bem, foram só duas vezes na verdade, mas é que eu preciso escrever sobre alguma coisa, veja bem.
Todo mundo tem um dom? Todo mundo precisa ter um dom para realizar uma atividade - seja profissão ou não? Talvez.. É que em alguns casos a necessidade de se ter o "talento", o "dote natural" é mais óbvia do que em outros, principalmente se estivermos falando sobre alguma área das artes.
Pensemos: uma atriz, para ser reconhecida e aclamada pelo público - e aqui consideremos aquele que não aceita qualquer porcaria do naipe do "Zorra Total" - precisa ter um mínimo de talento para atuar, porque a pura técnica, se tiver, não dá a essência da interpretação. E ao falar de reconhecimento aqui, prefiro nem entrar na questão das "facilidades" de se tornar ator/atriz por meio de caminhos não válidos como a fama conquistada com "Big Brothers" da vida. Claro, existem excessões, mas no geral.. E quem me disser que a tal da Massafera tem talento cairá no meu conceito automaticamente - sim, sou radical.
Um músico, um artista plástico, um estilista. Todos eles são pensáveis quando se fala na "obrigação" da existência dessa capacidade única, pois eles estariam exercendo atividades que, no imaginário popular, nem todos têm habilidade para executar - sem desmerecer as profissões "não artísticas" existentes e tampouco achar que qualquer um pode se encaixar nelas.
Mas e os demais? Os balconistas das lanchonetes, os vendedores de lojas, as faxineiras, os motoristas de ônibus?
Cada um deles precisa, sim, ter sua dose de talento. Balconistas e vendedores - que talvez não se difiram tanto em sua origem, considerando que ambos oferecem produtos para serem comprados - precisam ser simpáticos, eficientes e até mesmo pacientes com os clientes indecisos/irritados/irritantes, e isso requer a aptidão de saber lidar com as mais diversas pessoas. Eu, por exemplo, não a possuo - I'm not kidding.
Faxineiras têm que ter o (santo) dom de lidar com a sujeira - independentemente do nojo que esta possa causar - e com seus patrões, que podem ser realmente muito chatos.
O motorista precisa da habilidade de não se irritar com o trânsito - especialmente o paulistano - e com outros motoristas eventualmente idiotas, além de ter um bom senso de direção e espaço.
Em resumo: todos têm um talento, um dom. A questão é que uns são mais reconhecidos/admirados do que outros.
Mas é fato que toda habilidade precisa ser exercitada, ou ela não evolui. Quer exemplos? Acompanhe a carreira de um cantor, e tente "comparar" o seu primeiro disco com o último - mesmo que as propostas sejam diferentes. Ou acompanhe a minha pasta de desenhos e compare o primeiro com o último, =P.
É isso então: descobrir o que se tem, praticar e aproveitar os bons frutos da seqüencia. Ou qualquer coisa assim.

Um comentário:

  1. Esses dias realmente se falou muito em talentos e dons, e você sem sombra de dúvidas os tem e está fazendo bom uso deles.Foi confirmado não só por mim que suspeitíssima por ser sua mãe lhe atribui há algum tempo já, mas tem sido delicioso assistir aos elogios constantes que você tem recebido ao longo do tempo. Agora você que é dotada de inteligência, vai saber us´-los a seu favor!Parabéns e siga adiante sempre! :)

    ResponderExcluir