terça-feira, 7 de março de 2017

Aquela bagunça habitual.

Às vezes quando as coisas tornam-se mais confusas, acabam por tornarem-se mais interessantes, pois há de se escavar um pouco mais para atingir a compreensão acerca daquilo que se quer compreender. What? Rs.

Observamos os fenômenos na natureza. Deles, elaboramos teorias que os expliquem, teorias que são sustentadas pelo acontecimento desses fenômenos - pela sua comprovação, então. A teoria, então, nos dá a possibilidade não só de compreender (e até prever) certos acontecimentos, mas também nos fornece o poder de transformar os fenômenos, ambientes, etc. "Saber é poder" (Bacon). Se desse processo de observação/compreensão do funcionamento dos fenômenos gera-se o poder de transformá-los, surge então o conhecimento. Se isso, então, é conhecimento, e a ciência deixou de ser contemplativa e passou a ser aquilo que transforma os arredores, então conhecimento é ciência. E ciência, por conter conhecimento capaz de alterar o meio, é poder.
Mas 'trabalho' também é a capacidade de transformar o meio em que vivemos. E trabalho é cultura, porque essa última é o resultado de tudo o que o homem produz para construir sua existência - ou seja, transformação. Mas se a cultura é capaz de transformar, ela também é poder. 
Seria então cultura uma forma de ciência? Diz-se que, de um modo geral, não. O que realmente distingue cultura de ciência, se as duas tiverem base na observação - comparemos um remédio produzido em laboratório e um remédio com ervas in natura ministrados por um indígena que produzam ambos resultados positivos, por exemplo-? O poder econômico.

Eu queria acreditar que o meu professor estava muito cheio das teorias da conspiração capitalista - não sei se esse termo existe, rs -, mas acho que ele, na verdade, pode ter razão. And that's sad. É triste porque ganha o investimento aquele que atende melhor aos interesses dos investidores. E aí, my friend, convencer os bosses de que as humanidades merecem mais investimento é difícil. E falta de investimento pode acabar com a auto-estima dos humanistas. A entropia profissional começa aí.

Céus, quanta besteira. E eu nem bebi.


Entrevista sobre epistemologia que rendeu esse texto:
https://www.youtube.com/watch?v=ZaQ0v0AaEx0

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