terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Ele.

A primeira coisa da qual se lembrou ao acordar foi dele: Thomas Andradda. Esse era o (lindo) nome do (lindo) filho da puta que usara os desenhos de Giullia para estampar as camisetas da Baccari. Ao lembrar dele, sua cabeça latejara, como lembrete das duas garrafas de champagne que bebera sozinha na última madrugada.

Arrastou-se até o banheiro, onde deixava o Dorflex para suas dores de cabeça raras. Pegou um comprimido e foi até a cozinha. Preparou um leite com Nescau e engoliu o remédio.
Olhou no relógio: 10h37min de um sábado. Haveria algum compromisso? Não, não... Ela não seria louca de marcar compromisso no dia seguinte a uma bebedeira. É, não havia compromissos, do contrário teria colocado uma anotação pregada na porta da geladeira.

Então pensou em ligar para o Thomas, para xingá-lo de todos os nomes que existiam em seu vocabulário. Preferia ligar depois que a dor de cabeça passasse. Então, tomou um banho demorado e secou-se.

Pegou o celular. Havia uma nova mensagem. Giullia apertou "ler" e seguiram-se as palavras: "Estou indo praí, não precisa me ligar. Prepare-se, estou com fome. Beijo, Thomas."
"Fome
"? Se fosse outra pessoa enviando a mensagem e outra recebendo, poderia estranhar o uso da palavra. Giullia não cozinhava e todos sabiam disso, inclusive ele. Não sabia fazer um arroz sem causar estardalhaço na cozinha. Também nunca pedia comida em casa, tinha preguiça. Ele nunca trazia nada para comer nem saía com ela para almoçar, só levava garrafas de champagne para o apartamento.

Ela sabia muito bem que não era de comida que ele tinha fome. Só não sabia se queria preparar-se para receber o canalha.









P.S.: ficou um lixo, mas whathever, foi o que saiu.

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